Audiência defende permanência de moradores em área florestal

Associações desconheciam sentença que determinava a retirada das 500 famílias
11/03/2010 19:44

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250 moradores do Parque Tizo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2010/FRENTEAGUALIMPAPUBLMAU_7224.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Audiência pública debate aplicação do Decreto Estadual 50.597, de 27/3/2006, que cria o Parque Urbano de Conservação Ambiental e Lazer, em área localizada nos municípios de Cotia, Osasco, São Paulo, Taboão da Serra e Embu das Artes<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2010/AGUALIMPAFALCAOMAU_7260.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Audiência pública é promovida pela Frente Parlamentar em Defesa da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde de São Paulo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2010/AGUALIMPAMAU_7288.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Cerca de 250 moradores do Parque Tizo, abreviação de Terrenos Institucionais da Zona Oeste, localizado no Butantã, compareceram à audiência pública promovida pela Frente Parlamentar em Defesa da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde de São Paulo, nesta quinta-feira, 11/3, para cobrar a aplicação do Decreto Estadual 50.597, de 27/3/2006, que cria o Parque Urbano de Conservação Ambiental e Lazer, em área localizada nos municípios de Cotia, Osasco, São Paulo, Taboão da Serra e Embu das Artes. Os moradores também reivindicam a urbanização da área onde residem 500 famílias, muitas delas há mais de três décadas no local, e reclamam da ausência de saneamento básico, transporte e iluminação.

Conforme informações do jornalista Fábio Sanchez, baseada em relatórios da Secretaria de Meio Ambiente e distribuídas aos presentes, em 2005 o governo estadual destinou R$ 5 milhões para a implantação do parque. Mas, de acordo com o documento, atualmente pouco resta dessa verba. Na época, a CDHU, proprietária da área, concordou que o parque poderia ser implantado sem a retirada dos moradores. Inclusive, a companhia afirmou que a urbanização seria mais barata que a transferência das famílias. Contudo, recentemente moradores e autoridades foram informados de que havia uma sentença judicial transitada em julgado, em ação proposta pelo Ministério Público Estadual, para a remoção das famílias. Representantes de sociedades de bairro e parlamentares afirmaram que a permanência dos moradores no local não prejudica a implantação do parque ou representa qualquer ameaça à Mata Atlântica.

A mesa de debates contou com a presença de Rodrigo Vitor, engenheiro florestal; Maria Cristina, ex-coordenadora pedagógica da Emef Teófilo Benedito Ottoni; Solange Martins, da Sociedade Amigos de Bairro do Parque Ipê (Sabipe); Eugênio Machado Ribeiro, da Sociedade Amigos de Bairros de Gramado; Maria Zélia de Jesus, da Associação de Moradores da Vila Nova Esperança; do deputado federal Carlos Zarattinni (PT/SP); e dos deputados estaduais petistas Rui Falcão e José Candido, sendo que este último é o coordenador da frente.

Mais informações podem ser obtidas no site www.parqueipe.org.br



Parque Tizo



É uma área remanescente de Mata Atlântica maior que o parque do Ibirapuera. Com 1,3 milhão de m² e 66% de fragmentos originais de mata, abriga nascentes, fauna e flora ameaçadas de extinção e está localizada no quilômetro 19 da rodovia Raposo Tavares e no quilômetro 25 do Rodoanel. O objetivo do parque é ser um exemplo da aplicação de diversos conceitos ambientais, com foco em educação ambiental, para demonstrar na prática a possibilidade de uso de uma área natural para lazer, educação e pesquisa.

alesp