Parlamentares aderem à luta contra discriminação


26/05/2003 17:59

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A ministra extraordinária Matilde Ribeiro e o deputado Sebastião Arcanjo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Tiao260503.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Da Assessoria

O lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Igualdade Racial e o debate sobre as políticas de inclusão social, ocorridos no dia 23/5, selaram a participação de parlamentares, estudantes, religiosos e sociedade civil organizada na luta contra a discriminação. Ambos os eventos, que foram de iniciativa do deputado Sebastião Arcanjo (PT), contaram com a presença da ministra extraordinária Matilde Ribeiro; da Secretaria Especial de Políticas da Promoção da Igualdade Racial; da coordenadora do Instituto da Mulher Negra, Sueli Carneiro e de Milton Barbosa, coordenador estadual do Movimento Negro Unificado (MNU).

Durante o lançamento da Frente Parlamentar, a ministra elogiou a iniciativa dos parlamentares em aderir à frente, pois, para ela, os deputados expressaram o desejo da construção da sociedade igualitária. "A frente não diz respeito apenas à comunidade negra, mas também a todo cidadão" afirmou Matilde. No debate, intitulado Reparação e Políticas de Ação Afirmativas no Brasil, Sueli Carneiro, Milton Barbosa, Tiãozinho e Matilde Ribeiro expuseram o atual quadro de discriminação e as iniciativas para reverter o cenário da diferença social e econômica entre etnias.

História dos povos negros

O programa do governo federal em combate ao racismo - Brasil Sem Racismo - foi defendido pelos expositores como um dos instrumentos para o fim da discriminação. O programa tem como um dos seus itens a inclusão do ensino da história dos povos africanos no currículo escolar. A coordenadora do Instituto da Mulher Negra alertou que essa mudança no currículo deve ser acompanhada por militantes negros que sempre lutaram pelo fim de atitudes preconceituosas.

"Sem o acompanhamento do movimento negro, essa lei pode se tornar letra morte, sem aplicabilidade" afirmou a coordenadora. No encerramento dos eventos, Matilde agradeceu ao convite e ofereceu a Secretaria Especial de Políticas da Promoção da Igualdade Racial como instrumento na luta contra todas as formas de discriminação e ainda apoiou a continuidade dos debates. "Espero que esse dia se reproduza por outros ainda mais gloriosos, por muitos anos, pois já choramos muito" disse Matilde.

alesp