Morre ex-deputado Agnaldo Rodrigues de Carvalho Júnior


15/12/2008 19:31

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Agnaldo Rodrigues de Carvalho Júnior<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/12-2008/Agnaldo Jr.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Faleceu às 20h deste domingo, dia 14/12, no Hospital Oswaldo Cruz, na capital de São Paulo, o ex-deputado Agnaldo Rodrigues de Carvalho Júnior. Nascido na cidade do Recife, Estado de Pernambuco, em 16/3/41, Agnaldo estudou em São Paulo, no Colégio Marista Arquidiocesano, onde terminou o curso médio, matriculando-se, em seguida, na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, formando-se na turma de 1968.

Enquanto estudava, exerceu a função de posta lista no antigo Departamento dos Correios e Telégrafos, hoje Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Na gestão do prefeito Francisco Prestes Maia (1961/1965), foi nomeado para a Secretaria dos Negócios Internos e Jurídicos do município de São Paulo.

Em 6/6/66, o regime militar cassou o mandato e os direitos políticos do governador Adhemar de Barros, assumindo a chefia do Executivo paulista o vice-governador Laudo Natel, que designou Agnaldo Rodrigues de Carvalho Júnior para o cargo de oficial de gabinete do governador.

Suas funções no governo do Estado levaram-no a concorrer a uma cadeira na Assembléia Legislativa de São Paulo nas eleições de 15/11/66, pela Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido político de apoio ao regime instalado no Brasil em 1964, do qual foi um dos fundadores. Obteve 8.871 votos e exerceu seu mandato na 6ª Legislatura, de 1967 a 1971. Nesse período foi membro efetivo na Comissão de Constituição e Justiça e na de Finanças.

Em 25/1/68, o deputado Agnaldo de Carvalho participou das solenidades de transferência da sede da Assembléia do Parque D. Pedro, no velho prédio do Palácio das Indústrias, para o Palácio 9 de Julho, no Parque do Ibirapuera.

Agnaldo de Carvalho foi testemunha do fechamento da Assembléia paulista pelo Ato Institucional nº 5, de 13/12/68. A Assembléia permaneceu em recesso pelo regime militar de 7/2/69 a 31/5/70. Nesse período, o AI-5 cassou 25 deputados estaduais e um suplente, que tiveram também seus direitos políticos suspensos por dez anos.

Em 15 de novembro de 1970, pleiteou a reeleição como deputado estadual, pela Arena, obtendo 53.108 votos, o terceiro mais votado dentre os 67 postulantes. Nessa 7ª Legislatura (1971/1975), foi líder da Maioria e do governador Laudo Natel, que havia sido indicado mais uma vez para o cargo no Executivo de São Paulo, por via indireta.

Nas eleições de 15/12/74, também pela Arena, concorreu novamente ao cargo de deputado, sendo eleito para a 8ª Legislatura (1975/1979) com 34.554 votos. Em 1975 e 1976, foi membro efetivo na Comissão de Constituição e Justiça, na de Segurança Pública e substituto na de Finanças e Orçamento.

Na Sessão Legislativa de 1977, foi membro efetivo da Comissão de Economia e Planejamento e substituto na de Segurança Pública e Relações do Trabalho e em 1978 foi efetivo na de Relações do Trabalho, Segurança Pública, e Economia e Planejamento. Integrou também três comissões especiais de inquérito (CEI) que investigaram a Sabesp, o Iamspe e a Fece, órgão então responsável pelas construções e reformas das escolas estaduais.

Em 1978 não concorreu à reeleição, em virtude da derrota do seu candidato, Laudo Natel, para Paulo Maluf, quando disputavam em convenção partidária a indicação para o governo de São Paulo. Em março de 1979, ao término de seu mandato parlamentar, retirou-se da vida pública, dedicando-se à advocacia.

O corpo do deputado Agnaldo Rodrigues de Carvalho Júnior foi velado no Hall Monumental do Palácio 9 de Julho, sede da Assembléia Legislativa. O sepultamento ocorreu nesta segunda-feira, dia 15/12, às 14h no Cemitério do Araçá, na capital paulista. Deixa viúva e os filhos Gustavo, Marcela e Agnaldo Neto.

alesp