CPI das Ferrovias ouve representante do Ministério dos Transportes


27/10/2009 20:41

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Parlamentares presentes na reunião da CPI das Ferrovias<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/10-2009/CPIFERROViIASDEPSMAU_1386.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Afonso Carneiro Filho e Vinícius Camarinha <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/10-2009/CPIFERROViIASAfonso Carneiro FilhoeCamarinhaMAU_1374.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Célia Leão<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/10-2009/CPIFERROViIASCELIAMAU_1391.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O deputado Vinícius Camarinha (PSB) presidiu, nesta terça-feira, 27/10, mais uma reunião da CPI que tem por finalidade apurar a atual situação do sistema ferroviário do Estado.

O diretor de Relações Institucionais do Ministério dos Transportes, Afonso Carneiro Filho, em colaboração com os trabalhos da CPI, falou das atividades desenvolvidas pelo órgão no qual trabalha. Em sua visão, o transporte ferroviário é mais interessante que outros modais, como o rodoviário, e deveria ser mais utilizado, a exemplo do que ocorre na Europa. Segundo Carneiro Filho, como o modal de transporte rodoviário foi priorizado, alguns dos antigos trilhos deram lugar a pistas que facilitassem a movimentação dos veículos nas cidades. Com a concentração do transporte em um único modal, os congestionamentos são inevitáveis. "Onde há grande aglomeração de veículos, as medidas para reduzir o trânsito são apenas paliativas, e variam desde pedágios urbanos a rodízio de placas", explicou. Para ele, é necessário haver um planejamento com características mais estratégicas, num prazo mais longo. "Atualmente o sistema ferroviário é utilizado apenas para o transporte de carga, havendo uma razoável ociosidade", esclareceu.



Trânsito urbano



Com objetivo de reduzir o trânsito em cidades que são polos econômicos, Carneiro Filho explicou que está sendo realizado um estudo sobre a possibilidade de direcionamento de equipamentos ferroviários já existentes o transporte de passageiros, bem como a reativação de antigos trechos de ferrovias.

Serão objeto de estudo, numa primeira fase, 14 municípios que responderam à investigação. Os resultados poderão servir de base para ampliação a outros locais que igualmente venham a se interessar por esse processo.

A pesquisa apontará três possibilidades de intervenção: implementação de linhas de turismo, servindo regiões que vivem dessa atividade; instalação de trens que atuem na integração regional; e adaptação de trechos para a operação de composições de alto desempenho e velocidade. Em São Paulo, serão objeto do estudo os antigos trechos Campinas-Araraquara e São Paulo-Itapetininga.



Indústria nacional



As indústrias de fabricação de trens, segundo Carneiro, estão empenhadas em se adaptar às especificações exigidas pelo setor: os trens tem de ser rápidos, seguros, confortáveis e bonitos, ter baixo custo de construção e manutenção, e utilizar o biodiesel como combustível.

Além de Camarinha, os deputados Mauro Bragato (PSDB), Davi Zaia (PPS), Edson Giriboni (PV), Célia Leão (PSDB) e Hamilton Pereira (PT) também estiveram presentes, e questionaram a validade dessa modalidade de transporte para São Paulo. O que ficou claro na exposição do representante do Ministério foi que, em lugares onde "a carga de trânsito rodoviário é muito grande, a adoção da ferrovia significa uma válvula de escape e permite um desafogamento dessa aglomeração". Além disso, afirmou que essa modalidade de transporte é limpa, barata e aprovada pela população.

Respondendo sobre o trem de alta velocidade, Carneiro Filho acredita que a iniciativa privada está empenhada na implantação da linha e bastante motivada com os progressos do projeto.

Carneiro Filho encerrou sua explanação colocando-se à disposição para futuros encontros que visem à reativação desse modal de transporte. Também reiterou que é necessário um planejamento que leve em consideração o aumento desordenado do número de automóveis e suas consequências para o trânsito nas grandes e médias cidades.

alesp