Desenvolvimento da Região do Grande ABC é tema do Fórum nesta segunda-feira, 10/11

AVISO DE PAUTA
07/11/2003 19:43

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Poupatempo de São Bernardo <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/sbcpoupatempo.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> São Bernardo do Campo <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/SBCampo71103.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O Fórum Legislativo de Desenvolvimento Econômico Sustentado, órgão da Assembléia Legislativa, de caráter permanente, criado em setembro de 2003, realiza sua 14.ª reunião em São Bernardo do Campo, no Pampas Palace Hotel - sala Ibirapuera, na Avenida Barão de Mauá, n.º 71 - Jardim Maria Adelaide - km18 da Via Anchieta, nesta segunda-feira, 10 de novembro.

O Fórum pretende reunir propostas de longo prazo para o crescimento econômico paulista, em cenário que prevê a superação dos problemas macroeconômicos atuais, e realizará audiências regionais para discutir as fragilidades de cada região administrativa e coletar informações específicas nas diversas áreas do Estado, que possam auxiliar no seu desenvolvimento.

Uma de suas primeiras atividades inclui a discussão do Plano Plurianual 2004/2007 e a do novo Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS). Encomendado à Fundação Seade pela Assembléia Legislativa, o IPRS é um sistema de indicadores socioeconômicos referentes a cada município do Estado, que deverá servir como indicativo para a implementação de políticas públicas. O Fórum resulta de uma parceria da Assembléia Legislativa com a Fundação Prefeito Faria Lima/Cepam e o Núcleo de Economia Social, Urbana e Regional (Nesur), da Unicamp.

Vasto ABC

O Fórum de Desenvolvimento Econômico se reúne, 10/11, em São Bernardo para discutir a situação dos municípios da região

Localizado na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), o território do Grande ABC abrange sete importantes municípios que se caracterizam, notadamente, pela presença de empresas industriais do ramo de material de transportes, material elétrico, metal-mecânico e químico. Mesmo com a mudança tecnológica nas grandes plantas industriais, nos anos recentes, refletindo sobre o nível de emprego, essa região vem diversificando sua estrutura produtiva, com o incremento de atividades terciárias.

Em se tratando de população e território, na última década Santo André registrou pequeno crescimento populacional (0,6% ao ano), enquanto que em São Caetano do Sul houve queda de 0,7%. Com 11.141,7 habitantes por quilômetro quadrado, Diadema é um dos municípios mais densamente povoados de toda RMSP. Próximo, com 11.686,7 hab/km2, está São Caetano do Sul que, aliás, apresenta ótimo índice de saneamento - 99,3% de seus domicílios são atendidos pelos serviços de abastecimento de água, coleta de lixo, captação e tratamento de esgoto. Em São Bernardo do Campo, Santo André e Diadema a coleta de esgoto atende a, respectivamente, 87,2% , 90,8% e 92,6% das habitações.

A seguir, sinopse do comportamento dos municípios do Grande ABC, segundo o levantamento do Índice Paulista de Responsabilidade Social 1997-2000.

DIADEMA

Permaneceu no grupo 2 do IPRS, (alto nível de riqueza, baixos/intermediários indicadores sociais). "Essa característica pode ser notada pela grande distância entre a colocação do indicador de riqueza e os de longevidade e escolaridade, própria de situações de elevada heterogeneidade" (Fundação Seade).

Riqueza: 68.ª posição, em 1997; 59.º lugar em 2000. Cresceu o consumo anual de energia elétrica por ligação no comércio, agricultura e serviços. Rendimento médio do emprego formal caiu de R$ 918 para R$ 860. Valor adicionado fiscal per capita diminuiu de R$ 8.844 para R$ 6.376. (Seade): "Município registrou algum crescimento nas atividades ligadas aos setores primário e terciário, já que todos os demais indicadores apresentaram retrocesso."

Longevidade: da 579.ª para a 499.ª colocação. Queda nas taxas de mortalidade infantil, perinatal e entre idosos. Na faixa 15-39 anos (por mil habitantes), a taxa de mortalidade variou de 4,5 para 3,4.

Escolaridade: de 381.ª para a 338.ª posição. (Seade): "Progressos em todos os indicadores dessa dimensão, sobretudo na cobertura do ensino fundamental que, embora tenha permanecido abaixo da média do Estado, permitiu ao município elevar sua posição no ranking."

Seade: "Diadema continuou a conviver com indicadores sociais extremamente desfavoráveis."



MAUÁ

Manteve-se no grupo 2 - "Tais municípios têm como característica comum localizarem-se no entorno das regiões metropolitanas do Estado e apresentarem diferenças significativas entre os patamares dos indicadores de riqueza e os sociais." (Seade)

Riqueza: da 58.ª (1997) para a 44.ª colocação (2000). Destaques: queda no rendimento médio do emprego formal (R$ 1.013 para R$ 916) e alta expressiva do valor adicionado fiscal per capita (de R$ 5.615 para R$ 7.283).

Longevidade: da 457.ª para a 498.ª. Mortalidade infantil oscilou de 20,8 para 19,4 (por mil nascidos vivos); perinatal (por mil nascidos) de 22,9 para 22,2; entre 15-39 anos, por mil habitantes, manteve-se em 2,6; maiores de 60 anos, por mil habitantes, de 41,2 para 40,0. (Seade): "Os pequenos avanços no quesito longevidade não foram suficientes para uma posição mais favorável no ranking."

Escolaridade: de 305.ª para 257.ª. Destaques: proporção de pessoas entre 15-39 anos que concluíram o ensino fundamental subiu de 43,4% para 62,6%; parcela de pessoas entre 20-24 anos que concluíram ensino médio cresceu: de 22,2% para 40,6%. "Significativos avanços, aproximando suas médias daquelas do total do Estado."

"Favorecida pela posição estratégica de abrigar o pólo petroquímico, Mauá viu o crescimento significativo de sua indústria (...) que mesmo não se refletindo no consumo de energia residencial e nos rendimentos médios, deve ter viabilizado investimentos nas áreas sociais que apresentaram progressos em seus indicadores." (Seade).

RIBEIRÃO PIRES

Permaneceu no grupo 1 (altos níveis sócio-econômicos).

Riqueza: da 64.ª para a 53.ª colocação. Queda no rendimento médio do emprego formal e no valor adicionado fiscal per capita; aumento no consumo de energia elétrica por ligação no comércio, agricultura e serviços; ligeira oscilação no consumo de energia elétrica por ligação residencial. Seade: "Verificou-se o crescimentos nas atividades vinculadas aos setores primário e terciário (...)"

Longevidade: de 423.ª para 410.ª. Melhorias em todos os indicadores (mortalidades infantil, perinatal, entre 15-39 anos e acima de 60 anos), situando-se em torno da média do Estado.

Escolaridade: de 73.ª para 98.ª. Destaque para a cobertura dos ensinos fundamental e médio (de 55% para 70% e de 32,5% para 56,4%, respectivamente). Indicadores acima da média do Estado.

Seade: "A despeito da redução de seu valor adicionado fiscal per capita, melhorias no indicador de riqueza. Em longevidade, observa-se o mesmo comportamento, embora ainda estejam em patamares elevados as taxas de mortalidade perinatal e de idosos. Os indicadores de escolaridade mantiveram-se altos (...)"

RIO GRANDE DA SERRA

Em 1997, estava no grupo 4; em 2000, passou para o grupo 2. Mesmo assim, o município apresenta índices econômicos abaixo da média do Estado e da Região Metropolitana SP, bem como no quadro de carências nas áreas de saúde e escolaridade.

Riqueza: de 138.ª para 111.ª. Aumento no consumo anual de energia elétrica por ligação no comércio, agricultura e serviços, oscilação no consumo anual de energia elétrica por ligação residencial, queda no rendimento médio do emprego formal (R$ 780 para R$ 689) e queda no valor adicionado fiscal per capita (R$ 1.587 para R$ 1.462). Seade aponta crescimento nos setores primário e terciário.

Longevidade: de 610.ª para 569.ª colocação. Seade: "Avanços em todos os indicadores (...) mas ainda permanece em situação muito desfavorável, em razão das elevadas taxas de mortalidade" [infantil: 24,1 por mil nascidos vivos; perinatal: 28,6 por mil nascidos; idosos: 39,1 por mil habitantes]

Escolaridade: de 394.ª para 421.ª. Melhorias em todos os indicadores, exceto alfabetização das pessoas de 15 a 24 anos que caiu 1,5%. Seade: "Entretanto, tal desempenho não impediu que o município perdesse algumas posições no ranking do Estado, por causa do crescimento mais rápido dos demais municípios."

Seade: "Mesmo tendo ascendido para o grupo 2, Rio Grande da Serra manteve indicadores de riqueza relativamente baixos (...) Os valores das dimensões longevidade e escolaridade estão bem abaixo das médias do Estado."

SANTO ANDRÉ

Manteve-se no grupo 1. A estabilidade na dimensão riqueza seguiu a tendência geral do Estado, assim como o bom desempenho da escolarização. O índice de longevidade do município ficou abaixo da média estadual.

Riqueza: de 20.ª para 18.ª. Aumento no consumo anual de energia elétrica no comércio, agricultura e serviços; consumo anual por ligação residencial permaneceu estável. Rendimento médio do emprego formal reduzido de R$ 859 para R$ 776, o mesmo ocorrendo com valor adicionado fiscal per capita (de R$ 4.743 para R$ 4.436). Compensação: crescimentos nos setores primário e terciário.

Longevidade: de 390.ª para 394.ª. Redução em todas as taxas de mortalidade, porém a perinatal (20,0 para mil nascidos) e a 15-39 anos (2,3 por mil habitantes) estão em níveis mais altos do que suas respectivas médias estaduais.

Escolaridade: de 19.ª para 63.ª colocação. Excelentes resultados, exceto alfabetização 15 a 24 anos, que caiu. Destaques: proporção de jovens 15-19 anos que concluíram o ensino fundamental (de 59,9% para 74,5%) e das pessoas de 20-24 anos que completaram o ensino médio (de 38,5% para 55,8%). Seade: "A perda de posições no ranking é explicada pela rápida evolução apresentada por vários municípios no Estado."



SÃO BERNARDO DO CAMPO

Permaneceu no grupo 1, "mesmo passando por importante processo de reestruturação das bases da sua economia" (Seade). Bons índices de escolaridade; estagnação em longevidade.

Riqueza: da 7.ª para a 12.ª colocação. Forte crescimento nas atividades dos setores primário e terciário da economia. Mas, redução intensa do rendimento médio do emprego formal (de R$ 1.560 para R$ 1.069) e no valor adicionado fiscal per capita (de R$ 14.219 para R$ 9.640).

Longevidade: de 355.ª para 320.ª. Melhorias em todos os componentes deste indicador. Porém, mantendo-os apenas muito próximos das médias do Estado, não conseguiu grande avanço no ranking.

Escolaridade: de 69.ª para a 82.ª posição. Apesar dos progressos em todas as variáveis (notadamente na conclusão dos ensinos fundamental e médio), São Bernardo caiu no ranking devido aos avanços mais acelerados do total do Estado.

SÃO CAETANO DO SUL

Manteve-se no grupo 1, de altos níveis sócio-econômicos.

Riqueza: permaneceu na 4.ª posição, apesar da forte redução do valor adicionado fiscal per capita (de R$ 17.183 para R$ 12.018) e da queda do rendimento médio do emprego formal (de R$ 1.118 para R$ 825). Compensação: crescimento dos setores primário e terciário.

Longevidade: de 374.º para 327.º colocado, o município conserva taxas de mortalidade perinatal (18,5 por mil nascidos) e de idosos (44,0 por mil habitantes) acima das médias do Estado.

Escolaridade: da 2.ª para a 19.ª. Bons resultados em algumas variáveis, e estagnação em outras. Participação da rede municipal no total da rede pública caiu 1,2%.

Mais informações sobre o Fórum e o IPRS no site www.al.sp.gov.br - ícones Fórum de Desenvolvimento e IPRS

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