De férias, delegado evita depoimento em CPI


31/10/2003 20:05

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CPI federal da Pirataria<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/piratariaA.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Ausências provocam indignação nos membros da CPI, presidida por Medeiros<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/pirataria.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

DA REDAÇÃO

Férias. Esse foi o motivo alegado pelo delegado da Polícia Civil Ettore Capalbo Sobrinho, por meio de seu advogado, para não atender pela segunda vez às convocações feitas pela CPI federal da Pirataria. O depoimento de Capalbo estava marcado para esta sexta-feira, 31/10, na Assembléia Legislativa, onde parte da comissão estava reunida.

Capalbo já havia sido convocado pela CPI no dia 19 de setembro. Em seu lugar veio um atestado médico, informando que o delegado estava internado por suspeita de acidente vascular cerebral.

Recuperado e em férias, Capalbo provocou indignação nos membros da CPI, que decidiram intimá-lo. "Agora, ele será obrigado a comparecer", afirmou o deputado Luís Antônio Medeiros (PL/SP), presidente da CPI. Os deputados federais querem ouvir Capalbo a respeito das suspeitas de seu envolvimento no esquema de contrabando de Roberto Eleutério dos Santos, o Lobão.

A cadeira dos depoentes permaneceu vazia durante toda a reunião da CPI. Convocados, os representantes de duas empresas de importação de CDs virgens, Caihong Max Mídia do Brasil e Oubras, também não compareceram. A advogada de Tain Fuiming, proprietário da Caihong, justificou a ausência de seu cliente com a alegação de compromissos inadiáveis. Os representantes da Oubras, o brasileiro Laerte José dos Santos e dois chineses conhecidos por Fernando e Shirley, não foram localizados, pois o endereço fornecido à CPI era falso.

Os parlamentares solicitarão à Justiça cópias dos processos em que os juízes federais João Carlos da Rocha Mattos, Casem Mazloum e Ali Mazloum, que atuam em São Paulo, liberaram acusados de contrabando e mercadorias apreendidas. Os deputados querem montar um dossiê antes de convocá-los para depor.

Com a promessa de revelações que irão incriminar juízes federais de São Paulo, os membros da CPI deverão trazer para depor na Assembléia Legislativa, nesta segunda-feira, 3/11, um ex-delegado da polícia federal.

alesp