O presidente da Assembleia Barros Munhoz recebeu nesta quinta-feira, 29/10, os representantes do setor têxtil de Americana que, acompanhados pelo coordenador da Frente Parlamentar em Defesa do Setor Têxtil e de Confecções, Chico Sardelli (PV), e pelos deputados Antonio Mentor (PT) e Davi Zaia (PPS) pediram apoio do Legislativo paulista na redução da alíquota do ICMS do setor de 12% para 7%. Fábio Berretta Rossi, presidente do Sindicato das Indústrias de Tecelagens de Americana, Nova Odessa, Santa Bárbara D"Oeste e Sumaré (Sinditec), e Dilézio Ciamarro, vice-presidente do sindicato, explicaram ao presidente da Assembleia que a redução da alíquota do imposto não implica queda arrecadatória para o Estado. Inclusive, ressaltou Beretta, em 2003, quando o governador reduziu a alíquota interna do imposto de 18% para 12% houve aumento de arrecadação. "Fato reconhecido pelo secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa". Nessa época, enfatizou Rossi, a indústria têxtil paulista passava por forte crise gerada pelo aumento da importação de tecidos do exterior, principalmente de origem chinesa. Hoje, a guerra fiscal é um grande problema para o setor. "Estados como Espírito Santo, Ceará, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul têm alíquotas para a indústria têxtil de, respectivamente, 1%, 3%, 2% e O%. Além disso, a especulação imobiliária tem sido uma constante na região de Americana, o maior polo têxtil do país." Preocupados com a proximidade do final do ano, quando vence o prazo de prorrogação da redução do ICMS do setor de 18% para 12%, os representantes da indústria têxtil paulista buscaram em outras ocasiões o apoio do Parlamento paulista. Em agosto passado, a frente parlamentar em defesa do setor têxtil e de confecções realizou uma audiência, com a presença de vários empresários do ramo, para tratar da questão. Em junho passado, o presidente do Legislativo recebeu representantes do setor, que entregaram a ele um documento relatando a situação do setor. Sensibilizado com a questão, o presidente se comprometeu em agendar uma audiência dos empresários com o secretário da Fazenda, Mauro Ricardo. Números do setor Americana tem 600 indústrias têxteis que geram mil empregos diretos e 35 mil empregos indiretos; além de ser o maior empregador de mão de obra feminina no país. Com esses números, o setor é o 2º maior empregador do país, só perdendo para a construção civil.