Verdadeiro hino de amor à natureza, as aquarelas de Maruska Cara

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
11/04/2006 16:07

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Natureza 13<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Natureza13.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Maruska Cara<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Maruska Cara.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Pau Pereira <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Marusca Pau Pereira.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

"Um naturalista em preparativos para uma viagem através do Brasil procura um pintor. Às pessoas que preencham as condições necessárias, roga-se que se dirijam ao vice-consulado da Rússia." Este anuncio foi lido em 1825 por um jovem francês de nome Hércules Florence, que alguns meses antes desembarcara no Rio de Janeiro, proveniente de Nice.

Entusiasta por aventura e deslumbrado pela proliferante natureza brasileira, ele passa a integrar entre 1876 e 1829 a expedição científica do Barão de Langsdorff, patrocinado por Alexandre I, Czar de todos as Rússias. Partindo de São Paulo e atravessando as províncias de Mato Grosso e Grão Pará, os viajantes chegaram ao Amazonas por via fluvial.

Hoje, 180 anos após o grande feito do diplomata alemão a serviço da Rússia, uma artista brasileira descendente de russos, realiza nas artes um novo percurso retratando a flora, a fauna, enfim a natureza deste país tropical. Trata-se se uma nova leitura feita por uma pintora com uma personalidade versátil, no melhor sentido do termo.

Viajante do Novo Milênio, a sensibilidade do olhar de Maruska Cara supera as exigências da mera ilustração. A natureza que exige o pincel de uma artista hábil e traços nítidos, nela encontra uma intérprete à altura.

Diante da beleza do hábitat brasileiro, ela expressa este ano, através de 50 aquarelas e 50 cerâmicas, a sua criatividade de forma admirável, decantando a rica diversidade de nossas paisagens, riachos, cascatas, pássaros raros, araras multicores e minerais, o todo criando de forma equilibrada um verdadeiro mosaico de ambientes naturais interligados, típico dos trópicos brasileiros.

A artista sente tudo o que pinta: como sente a vida, a beleza da folha, da flor, do tronco, da árvore, das frutas, das aves e naturalmente do ser humano. Tudo a faz palpitar, como por amor tudo o que capta da beleza do mundo ela restitui em poesia.

Suas obras nos transmitem uma proposta importante ao provocar no espectador uma reflexão sobre a relação do homem com o seu hábitat, do homem com os demais seres vivos, do homem com o infinito de sua alma. Mas além de tudo isso, Maruska Cara presta um grande serviço para a preservação do nosso meio ambiente, uma vez que se respeita e se preserva mais o que é de nosso conhecimento.

As obras Pau Pereira e Natureza 13, doadas respectivamente pela autora e pela Siemens Automotive ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, exprimem sensibilidade, cromatismo sublime, uma constante nas obras dessa artista, que há 35 anos se dedica a resgatar a riqueza ancestral do nosso país, estabelecendo um elo íntimo e profundo com a natureza. Através das cores de suas belíssimas aquarelas com detalhes de nossa luxuriante natureza, Maruska consegue entoar um verdadeiro hino de amor à natureza e ao seu Divino Criador.



A artista

Maruska Cara nasceu em 1944, na cidade de São Paulo. Artista plástica, desenhista publicitária, ilustradora e cenógrafa, ilustrou muitos livros científicos, realizando diversas publicações e poemas.

Participou de exposições coletivas e individuais, destacando-se, entre elas: Universidade de Brasília (1979 e 1981); Instituto de Cultura Hispânica (1980 e 1986); I, II, III, IV e V Espaço Cultural do BankBoston (1979, 1980, 1981, 1982 e 1983); Fundação Cultural do Distrito Federal (1982 e 1984); Senado Federal (1984); IBM do Brasil; Jorlan (1986); Embaixada dos Estados Unidos (1987); "Mulheres Pintando Mulheres", Congresso Nacional; Salão Riachuelo (1989); Portfólio Galeria de Arte (1990); Museu Filatélico de Brasília (1992); Clube dos Magistrados de São Paulo (1994); Clube Transatlântico, SP (1995); Memorial do Imigrante, SP (1996); Espaço Cultural Infraero; Hotel Tropical das Cataratas (1998 e 1999); Salão Internacional da Primavera e Casa das Rosas (2001); Terraço Itália (2002); Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (2003).

A artista recebeu inúmeros prêmios, menções honrosas e medalhas, seguindo-se: Medalhas de Ouro na Fundação Zoobotânica do Distrito Federal, livro Minha mala, meu destino e Salão Internacional da Primavera.

alesp