O presidente do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA), José Marcio Mollo, palestrou no Seminário Internacional de Futebol: Copa do Mundo de 2014 no Brasil e em São Paulo, sobre o tema: "A logística na Copa de 2014". O evento é uma iniciativa da Comissão de Esportes e Turismo da Assembleia Legislativa de São Paulo. Mollo enfatizou em sua palestra a importância do setor aéreo em um evento da magnitude da Copa do Mundo. Ele também apresentou os dados de um estudo feito pelo sindicato, prevendo sérios problemas no setor aéreo brasileiro antes mesmo da realização da Copa do Mundo no Brasil: "Não existe juízo de valor no estudo e sim números", disse o presidente do SNEA, ressaltando que alguns desses dados são da própria Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura aeroportuária). O estudo aponta que os problemas no setor vão aparecer bem antes da realização da Copa. Além disso, o presidente do SNEA apresentou os chamados "pontos críticos" dos três principais aeroportos do Estado de São Paulo: Aeroporto Internacional de São Paulo, localizado em Guarulhos, Aeroporto de Congonhas e o Aeroporto Internacional de Viracopos, localizado em Campinas. De acordo com José Mollo, os principais pontos críticos do Aeroporto Internacional de São Paulo são: o terminal de passageiros, onde é necessária a construção de um terceiro terminal, o pátio das aeronaves, onde é necessária a ampliação, com a construção de mais posições remotas para o estacionamento de aeronaves e as pistas de táxi, onde é necessária a construção de saídas rápidas. Já no Aeroporto de Congonhas, os principais pontos críticos são: o terminal de passageiros, onde são necessárias obras para a ampliação do respectivo terminal e também o pátio das aeronaves. Em Viracopos, o ponto crítico é a pista de pouso e decolagem, que necessita da construção da segunda pista. A pista de táxi também é motivo de preocupação, já que é necessária a construção de outra saída rápida, enquanto o pátio das aeronaves carece da construção de mais posições para estacionar as aeronaves. O grande problema nessas questões, segundo o presidente do SNEA, é que as obras estão previstas para serem executadas em 2012 e 2013, conforme a própria Infraero, o que remete à necessidade de ações em curto prazo. Como as projeções apontam para o significativo aumento na demanda a cada ano, existe a preocupação com o setor: "O que nos assusta é que os problemas vão surgir bem antes da realização da Copa", enfatizou Mollo. Apesar das preocupações com o setor, ele também ressaltou que as empresas aéreas estão investindo cada vez mais no setor, com a queda dos valores nas passagens aéreas e o aumento significativo do número de passageiros. Questionado sobre a possibilidade de ocorrer um "caos aéreo" no país, o presidente do SNEA respondeu: "Não irá ocorre esse caos aéreo, os problemas que tivemos recentemente no nosso sistema aeroviário foram provocados pelos controladores de vôo", finalizou. O capitão do time de 1970 Carlos Alberto Torres foi recebido pela Mesa coordenadora como jogador símbolo da seleção de 1970, considerada por grande parte da crítica como a melhor de todos os tempos, e falou que o Brasil pode ganhar muito com o evento, principalmente em termos de turismo. O "capita", como Carlos Alberto é conhecido por ter sido o capitão daquela equipe, falou que as pessoas dos países por onde passa ficam curiosas para saber o que existe de interessante para se fazer no Brasil nos dias que não tem jogo, e se surpreendem quando ouvem os relatos sobre as praias do nordeste, a floresta amazônica, o pantanal, os pampas etc. O ex-jogador também se declarou favorável à abertura da Copa ser realizada em São Paulo, engrossando uma corrente que se mostra cada vez maior. Carlos Alberto foi homenageado pela Assembleia, na pessoa do deputado Pedro Bigardi (PCdoB), com uma placa comemorativa ao evento. O ex-jogador agradeceu a homenagem e elogiou a organização e a iniciativa de São Paulo em promover um evento de tamanha importância. Experiência da Cidade do Cabo Hoje, 11/2, faz 20 anos que Nelson Mandela foi libertado na África do Sul, depois de ficar preso pelo apartheid por 27 anos, e a data foi lembrada por Laurine Platzky, coordenadora da integração da Cidade do Cabo, que começou sua fala fazendo uma homenagem a Mandela. A representante sul-africana falou nesta quarta-feira, 10/2, sobre os preparativos para a Copa de 2010, dos estágios em que as obras estão e, principalmente, dos legados que a Copa vai deixar para a população, tanto em construções e melhorias na infraestrutura da cidade, como na auto-estima do povo: "temos que usar a Copa do Mundo para mudar o comportamento da sociedade de maneira a reduzir as diferenças entre as classes sociais". No primeiro teste, a Copa das Confederações, a África do Sul passou com louvor. E ganhou experiência em organizar um evento que tanta expectativa coloca internamente, e que recebe a atenção mundial, aumentando as dimensões dos incidentes que porventura aconteçam: "temos consciência de que qualquer incidente, mesmo que não esteja relacionado a eventos da Fifa, vai repercutir em todo o mundo", advertiu Laurine quando perguntada sobre os cuidados que deverão ser tomados com relação à segurança. Laurine respondeu ainda a perguntas sobre a possível ociosidade do estádio que sediará os jogos em Cidade do Cabo e disse que isso não acontecerá, porque o projeto teve a preocupação de dotar a construção de facilidades que lhe permitam sediar outros eventos além do futebol, como jogos de rugby, shows de música etc. O seminário se encerra nesta quinta-feira apresentando mais especialistas falando sobre as possibilidades que a Copa abre para o país sede e recebendo uma avaliação positiva do público que vem lotando o Plenário Juscelino Kubitschek.