Ato repudia interpelação judicial contra pesquisador


23/03/2012 11:20

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Eliezer de Souza, Hermano Castro, Marcos Martins e Eduardo de Azeredo Costa <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2012/MARCOSMARTINSFUNDACENTRO.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Nas últimas semanas, o amianto voltou a pautar a grande mídia, principalmente em resposta à condenação, à revelia, de dois ex-proprietários do Grupo Eternit pelo Tribunal de Justiça de Turim, na Itália, por omissão dos males à saúde causados pelo manuseio da substância.

Protagonista da luta em favor do banimento do asbesto no Estado de São Paulo, ao lado dos trabalhadores e movimentos sociais, o deputado Marcos Martins (PT), presidente da Comissão de Saúde, realizou na terça-feira, 20/3, ato em defesa de Hermano de Castro Albuquerque, pesquisador do Centro de Estudos do Trabalho e Ecologia Humana, da Fiocruz. Martins é autor da Lei 12.684/07, que proíbe o uso do amianto em São Paulo

A iniciativa veio em resposta à repercussão nacional da decisão italiana, que potencializou a interpelação judicial, promovida pelo Instituto Brasileiro do Crisotila, contra Castro. "Esse tipo de processo é uma maneira de intimidação à pesquisa científica, porque não é comum mover processo contra pesquisadores por divulgarem as suas pesquisas", disse Castro.

"Precisamos que o Brasil inicie o mesmo processo que ocorreu na Itália, cuja decisão levou mais de 20 anos. Já temos em nossa conta mais de 3 mil vítimas em nosso país", disse o deputado.

Também participaram do evento o presidente do Fundacentro, Eduardo Costa; o presidente da Abrea, Eliezer de Souza, e outros pesquisadores. (mlf)



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