Marcos Irine: uma temática construída dentro de uma estrutura linear


05/06/2008 11:28

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Capela de Paraty<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/06-2008/MAU_0003.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Marcos Irine<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/06-2008/Irine.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Marcos Irine alcança suas metas artísticas através de uma visão serena, não formulada, nem clamorosa, típica daquele que faz arte para si, em função de uma própria satisfação espiritual.

Possuidor de um desenho ágil, que tem o predomínio sobre o núcleo central da obra, o artista não está ligado a nenhuma corrente, pois deseja se isolar na humanidade de sua essência originaria.

Pausadamente, através de sua interioridade solitária e pensativa, o artista encontra os elementos individuais para conduzir um certo discurso de fundo, sobretudo o amor pela terra em que vive e pela natureza, às quais o ligam aspirações sentidas sem artifícios.

Num quadro de humildade e num contexto narrativo simples e inteligente, em primeiro plano emergem velhos casarios e paisagens tanto realistas quanto fantasiosas. O todo através de uma harmonia cromática reforçada por um contorno levemente saliente.

A exemplo de Capela de Paraty, obra doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, a temática de Marcos Irine é construída dentro de uma estrutura linear, mas diferente aos designer, ela opera na natureza que nasce espontânea em seus projetos.



O artista



Marcos Irine nasceu em Alexania, Goiás, em 1965. Longe de uma formação acadêmica, desde cedo se envolveu com arte. Sua progenitora, em meio aos afazeres domésticos sempre encontrava tempo para criar obras em madeira, raízes, retalhos de tecidos, palhas de coqueiros, argila, que tornava aquele universo no mínimo curioso.

Em 1987, mudou-se para São Paulo, junto com um irmão também pintor onde trabalhou na criação de carros alegóricos e em diversas Escolas de Sambas de São Paulo, entre elas a Unidos do Peruche, Nenê de Vila Matilde, Camisa Verde e Branco. Produziu cenários em poliestireno para diversas peças teatrais.

A execução do espetáculo teatral "Além da Linha D"Água", dirigida por Ivaldo Bertazzo em 1998, constituiu o seu grande desafio no trabalho de cenografia. Atualmente reside em Parati, onde vive com a família e instalou seu próprio atelier.

Em conjunto com o artista Thiago Martins, realizou em 2002, uma exposição intitulada "Urbana", no saguão do Teatro Gazeta ao que se seguiu uma exposição no Espaço Cultural do Conselho Regional de Contabilidade em 2003 e no Espaço Cultural V Centenário do Palácio 9 de Julho em 2004 e 2005.

Em 2007, foi selecionado para a Bienal Internacional de Roma, tendo participado ainda da FLIP " Feira Literária de Parati e da Feira Internacional de Padova. Possui obras em coleções particulares no Brasil, Itália, Estados Unidos e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

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