Previdência não vê distúrbio vocal como doença ocupacional


27/04/2010 15:25

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Paulo Alexandre alerta sobre distúrbio da voz entre professores<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/04-2010/PAULOALEXVOZ.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

No Dia Mundial da Voz, comemorado em 16 de abril, não há motivos para gritar de felicidade. Principalmente aqueles que usam a voz como instrumento do ofício, como radialistas, professores e telefonistas. A Previdência Social ainda não reconhece o distúrbio da voz como uma doença ocupacional, ou seja, uma moléstia oriunda do exercício da profissão, muitas vezes agravada pelas condições inadequadas de trabalho.

Na Assembleia Legislativa, o deputado Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) apresentou requerimento defendendo o reconhecimento da doença pela Previdência Social. Ele alega que a medida vai ajudar no aprimoramento do diagnóstico do distúrbio e tratamento dos pacientes.

O pedido tem como base a manifestação da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que classifica o distúrbio como o de maior risco de perda da voz. O Centro de Referência em Saúde do Trabalhador de São Paulo (Cerest/SP) também produziu documento com o mesmo posicionamento apresentado pelo deputado, que já foi secretário adjunto da Educação no Estado e constatou essa realidade na rede pública.

"No Brasil, o distúrbio da voz atinge de 60% a 70% dos professores. Na população em geral, o índice é de 11%. Uma situação bastante preocupante, pois a maioria dos profissionais afetados desconhece a doença e demora a buscar o tratamento. O diagnóstico tardio pode levar à interrupção da carreira e até mesmo à incapacidade para ocupações que exijam o uso da voz", alertou Paulo Alexandre.



pabarbosa@al.sp.gov.br

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