Aids: o preconceito tem cura

OPINIÃO - Pedro Tobias (*)
29/11/2002 15:27

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O tema do Dia Mundial de Luta contra a aids deste ano é "Preconceito e Discriminação", que são, na verdade, as duas maiores barreiras contra as pessoas que estão vivendo com o vírus HIV. Os estigmas relativos à doença são os principais empecilhos no combate à epidemia, ao adequado apoio, à assistência e ao tratamento da aids e ao seu diagnóstico. Também são desencadeados por motivos que incluem a falta de conhecimento, mitos e medos. Portanto, ao discutir preconceito e discriminação, as autoridades ligadas à Saúde esperam reduzir este problema associado à doença.

Quando se pensava em aids, as pessoas acreditavam que era uma doença restrita aos chamados grupos de risco, como os profissionais do sexo ou os homossexuais. Mas a epidemia mostrou que todos têm que se prevenir : homens e mulheres, casados ou solteiros, jovens e idosos -- todos, independente de cor, raça, situação econômica ou orientação sexual.

A aids, ou Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, é uma grave doença infecto-contagiosa que ataca as células de defesa do organismo e, apesar dos avanços da Medicina, ainda não tem cura. A única forma de evitá-la é a prevenção. Para se prevenir, use corretamente a camisinha em todas as relações sexuais e apenas agulhas e seringas descartáveis. Para evitar que a aids passe da mãe para o filho, todas as gestantes devem começar o pré-natal o mais cedo possível e fazer o teste indicado.

Se alguma pessoa tiver dúvidas sobre a necessidade de realizar teste ou sobre sintomas clínicos que esteja apresentando, não deixe de perguntar para o médico ou qualquer outro profissional competente ligado à saúde. Existem serviços oficiais que atendem pacientes portadores do vírus e doentes de aids.

Com relação ao preconceito e à discriminação, é importante ressaltar que a convivência social, isto é, morar na mesma casa, utilizar os mesmos copos e talheres, trabalhar junto com um portador da doença, nada disto oferece risco de contaminação. O fundamental é saber que uma pessoa com aids deve ser tratada com o mesmo respeito e dedicação que uma pessoa que não tem a doença. Encare o problema com informação sobre a prevenção e lembre-se que o preconceito tem cura.

(*) Pedro Tobias é médico e deputado estadual pelo PSDB

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