Nextel, Claro e Vivo prestam esclarecimentos à CPI da Telefonia


11/06/2008 15:41

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Alfredo Ferrari (esq) esclarece detalhes de operação da empresa Nextel <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/06-2008/Alfredo Ferrari  NEXTEL (10).jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Representantes da empresas Nextel, Claro e Vivo compareceram à reunião da CPI da Telefonia nesta quarta-feira, 11/6, para prestar esclarecimentos sobre os serviços e as operações fiscais dessas operadoras no Estado de São Paulo. Presidida pelo deputado Baleia Rossi (PMDB), a Comissão teve início com a exposição de Alfredo Ferrari, da Nextel.

A empresa, segundo Ferrari, tem como maior acionista um grupo norte-americano, atua no Brasil desde 1997, já investiu mais de R$ 5 bilhões no país e tem aproximadamente 1,4 milhão de usuários atualmente. Questionado pelo deputado Said Mourad (PSC), o representante da empresa respondeu que não há subsídio na venda de seus aparelhos, que o serviço de call center não é mais terceirizado e que esses atendimentos não são feitos através de gravação. Sobre reclamações e multas do Procon ou da Anatel, ele afirmou que a empresa sofreu, recentemente, duas multas pequenas da Anatel, sendo que ambas já foram pagas.

O representante da Claro, Miguel Rui Filho, diretor de clientes da empresa cujo capital vem de um grupo mexicano, confirmou em seu depoimento que esta operadora, em busca de expansão de mercado, tem uma atuação "agressiva". A empresa, que faz ligações para usuários de outras empresas, oferecendo serviços afirmou a Mourad que não considera tal prática gere incômodo, pois possibilita aquisição de ofertas.

Em relação a essas abordagens, o deputado Marco Bertaiolli (DEM), ao saber que a Claro compra o banco de dados para realizar as ligações, solicitou cópias de tais contratos, pois, inexiste legislação a respeito desse tipo de comercialização, que pode, no entendimento de Bertaiolli, "afetar a confidencialidade dessas informações".

Questionado por Mourad, ele afirmou que a empresa tem procurado se adequar à Resolução 477 da Anatel, que confere mais transparência e garantias aos clientes. Miguel Rui respondeu também que o atendimento terceirizado do call center da empresa é tão satisfatório quanto o feito pela própria empresa.

A Vivo também comercializa aparelhos subsidiados, mas alegou que todas as operações fiscais são feitas de forma regular. Embora pertença ao mesmo grupo econômico da Telefônica, Carlos Alexandre Cipriano, responsável pela regional São Paulo, disse que entre as duas empresas obedecem às mesmas regras válidas para qualquer empresa.

Ao final, o presidente Baleia Rossi disse que as empresas deverão responder por escrito os questionamentos que não foram respondidos nesta reunião.

alesp