CPI das Santas Casas ouve nova testemunha


19/03/2009 21:27

Compartilhar:

Vítor Sapienza<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2009/CPISTACASADEPS855MAU.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> José Reinaldo Nogueira<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2009/CPISTACASAJoseReinaldoNogueiradeOliveiraJrFEHOSP02MAU.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Mauro Bragato<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2009/CPISTACASABRAGATO857ZE.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> José Bittencourt ouve depoimento<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2009/CPISTACASAMESA852MAU.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A CPI das Santas Casas ouviu, nesta quinta-feira, 19/3, o presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo (Fehosp), José Reinaldo Nogueira de Oliveira Júnior, que informou sobre a situação econômica dessas instituições e atribuiu ao financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) a causa do déficit financeiro que motivou a criação da CPI.

De acordo com José Reinaldo, das 425 santas casas e hospitais filantrópicos do Estado, a grande maioria é conveniada ao SUS; e a tabela que padroniza o repasse de verba para os hospitais não acompanha os gastos, cobrindo apenas 60% do valor total e gerando uma grande crise, visto que as instituições não possuem fins lucrativos e não têm dinheiro para equilibrar as contas.

Além da questão financeira, Reinaldo apontou outro problema das santas casas de São Paulo: a falta de gestão. Para o presidente da federação, existem hospitais de diferentes portes e a cada um deles compete uma atividade diferente, devendo haver um plano estratégico que divida corretamente as funções.

Outra questão levantada pela comissão foi o investimento de setores privados, bem como do Estado, para melhoria do sistema de saúde. De acordo com José Reinaldo, em 2007, o repasse de verba da Secretaria da Saúde foi de R$ 16 milhões e caiu para R$ 13 milhões em 2008. Ele ainda ressaltou que a federação vem fazendo um trabalho de mobilização social, estimulando a sociedade a contribuir para o trabalho das santas casas e hospitais beneficentes. "As pessoas confundem as instituições beneficentes com instituições públicas", comentou.

O deputado Mauro Bragato (PSDB), relator da CPI, disse que as discussões estão bem adiantadas e, com base no que foi ouvido até agora, já é possível redigir um relatório completo sobre o assunto. "Concluímos que há falta de dinheiro e de gestão. Agora precisamos apresentar propostas para solucionar o problema", disse o parlamentar.

A comissão continuará convidando depoentes que tenham novas informações a acrescentar ao assunto. Entre os próximos convidados está o secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas.

Participaram da reunião, além do presidente da comissão, deputado José Bittencourt (PDT), os deputados Vitor Sapienza (PPS), Mauro Bragato, Antônio Salim Curiati (PP) e Hamilton Pereira (PT).

alesp