Técnicas de plantio são tema da CPI da Cana-de-açúcar


28/02/2008 18:44

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Reunião da CPI da Cana-de-açúcar<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/CPI Cana deps-rob.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Rafael Silva e Carlos Cerri<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/CPI Cana dep rafael e carlos c. cerri-rob.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Carlos Cerri e deputado Uebe Rezeck <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/CPI Cana carlos clemente cerri e dep uebe-5-rob.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Para dar continuidade à investigação dos malefícios causados pela queima da palha da cana-de-açúcar, a CPI da Cana recebeu nesta quinta-feira, 28/2, o climatologista Carlos Clemente Cerri, que possui vasta experiência em estudos sobre o solo, agricultura e aquecimento global. Ele explicou como as práticas agrícolas modificam o meio ambiente e afirmou que é preciso instalar novas técnicas de plantio, pois elas trarão mais resultado para a economia brasileira e para o meio ambiente.

De acordo com o climatologista, em comparação com outros países, o Brasil emite mais gases através do desmatamento do que na queima de combustíveis fósseis. Durante a produção do etanol, muitos gases são liberados para a atmosfera, o que precisa ser revisto, segundo o especialista. "Quando começou a fabricação de etanol, não havia uma preocupação tão grande com o meio ambiente como se tem hoje, pois a demanda é maior", disse, referindo-se ao Protocolo de Kyoto, acordo entre 38 países desenvolvidos que tem como obrigação reduzir em média 5,2% da emissão de gases do efeito estufa até 2012. Ele acha que o Brasil precisa ser pró-ativo na produção de etanol e investigar qual a emissão total de gás carbônico durante o processo. "Não podemos trocar seis por meia dúzia", afirmou.

Cerri considera um atraso o corte da cana não mecanizado, pois a palha poderia ser melhor aproveitada. "O corte da cana realizado pela máquina vai propiciar mais umidade no solo, pois as folhas ficarão no chão e formarão uma camada. Devido às folhas, o solo suga o gás carbônico, fazendo com que seja liberado menos CO2 para a atmosfera", explicou. "O meio ambiente só tem a ganhar", acrecentou. Para ele, os ganhos com uma produção responsável e limpa vai abrir fronteiras para a exportação. "Parte do lucro poderia ser investido na qualificação profissional dos cortadores de cana e, assim, serem inseridos no mercado de trabalho de maneira mais digna", sugeriu. Cerri encerrou dizendo que o etanol precisa ser mais atrativo para a exportação.

Carlos Cerri enviará um relatório com todos os dados técnicos para a CPI, a pedido do presidente Rafael Silva (PDT), condutor do debate.

alesp