Scalea: volumes equilibrados e harmonia total dentro de um lirismo expressionista

Museu de Arte Parlamento
04/11/2009 14:25

Compartilhar:

Garrafas e vaso<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/11-2009/JCScaleagarrafavasos.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> As colhedoras de algodão ao final da tarde<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/11-2009/JCScaleacolhedorasalgodao.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Scaléa<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/11-2009/JCScalea.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A prerrogativa da arte de Scaléa não é de abstrair do concreto, mas concretizar do abstrato. No que se refere à forma, seja do ponto de vista gráfico quanto cromático, devemos ressaltar sua excelente criatividade comprovada através de seu desenho e de sua forte sensibilidade pelas cores.

Suas composições são bem arquitetadas, embora deixem lugar a uma liberdade de visão. Seu reino é rico e inquietante. Sua linguagem pictórica é, para o artista, uma necessidade antes de tudo de interiorização e, em conseqüência pinta com bastante emoção.

Alargando o seu horizonte, seja na implantação quanto na realização, o artista nos apresenta obras de um largo respiro sobre as quais se evidencia sobre tudo uma nova técnica que o coloca numa interessante linha inovatória, usando óleo ou acrílico e textura com massa.

Trata-se de um pintor de grandes reservas artísticas por seus tons cromáticos, sua aproximação ao jogo das luzes e das sombras. A evasão lírica se substancia de uma pesquisa mental e moral onde o empenho aparece interiorizado sem clamores na intensidade de suas imagens.

O subjetivismo desse artista colhe a ambiental realidade da vida nas estruturas sobrepostas do instante criativo, além do conhecimento de um inquieto "motu" contemplativo que elabora transfigurando-o e o transforma num documento artístico pessoal.

Autor de composições tratadas dentro de um expressionismo que empresta, sua inspiração mística da figuração, na arte medieval, Scaléa ama buscar em suas pinturas as alegrias e as ansiedades em que vive a humanidade.

Nas obras "As colhedoras de algodão ao final da tarde" e "Garrafas e vaso", oferecidas ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, o artista alcança uma síntese autêntica de valores pictóricos: volumes equilibrados e harmonia total dentro de um lirismo expressionístico.



O Artista



Scaléa, pseudônimo artístico de José Carlos Scaléa, nasceu em São Paulo em 1935. Formou-se em arquitetura e urbanismo pela Universidade Mackenzie de São Paulo (1963).

Executou diversos projetos de estações ferroviárias e metroviárias além de edifícios específicos em São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.

Como desenhista fez charges para a Revista "Akademia" (1962 e 1963) e para a "Folha da Tarde" de São Paulo (1977 - 1987) período em que realizou mais de 400 charges para a sessão "Heróis e Anti Heróis". A partir de 1985 passou a se dedicar à pintura.

Participou de diversas exposições individuais e coletivas, entre elas: "XXXI de Artes Plásticas", Centro Cultural Tao Sigulda, SP (2000); "Artes", Hotel Sofitel, SP, "Algodão o Filho do Sol" , Centro Cultural da Marinha, SP (2003); "Brasil" , Casa da Fazenda do Morumbi em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo; "Água Fonte de Vida" , Galeria Espaço D'Arte, SP, "Real & Imaginário", Galeria Espaço D'Arte, SP; "Algodão o Filho do Sol", Prodam , SP, V Exposição de Artes Plásticas "Brasil / Uruguai", Memorial da América Latina, SP; "Luzes em São Paulo", Mostra Nacional de Arte Brasileira, Hilton São Paulo Internacional, SP (2004).

Possui obras em diversas coleções e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp