Tráfico de pessoas para exploração sexual vitima 1,8 milhão por ano


08/06/2010 18:30

Compartilhar:

Priscila Siqueira e José Bruno<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/06-2010/CPIPEDOFILIAPriscilaSiqueira03MAU.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> José Bruno presidente da CPI<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/06-2010/CPIPEDOFILIA Jose Bruno05MAU.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), chega a 2,3 milhões por ano o número de vítimas do tráfico de pessoas no mundo. E 80% delas têm como destino a exploração sexual comercial. Esses dados foram trazidos à CPI da Pedofilia pela jornalista Priscila Siqueira, coordenadora da ONG Serviço contra o Tráfico de Mulheres e Meninas (fundada em 1991 como Serviço à Mulher Marginalizada).

"Se não chegarmos às causas desse problema, vamos ficar como cachorros correndo atrás do rabo", disse Priscila aos membros da comissão nesta terça-feira, 8/6. Para ela, a exploração sexual é a ponta de um "iceberg imenso, que é composto principalmente pelas relações socioeconômicas e culturais".

A estratégia apontada por Priscila inclui a execução de políticas públicas, terreno em que já se caminhou um pouco ao longo do tempo, avalia. "Mas é fundamental desconstruirmos relações culturais que, por exemplo, admitem o abuso da criança pelo pai, visto como a figura do provedor, ou que aceitam que o menor seja colocado pela própria família como mercadoria a ser explorada", observou Priscila.

Militante de longa data nas questões ambientais e contra o tráfico e a exploração sexuais, Priscila relatou diversos casos envolvendo crianças e mulheres enredadas nessa teia de pobreza econômica e miséria cultural. "Esta CPI deve estender seu trabalho, para que a Assembleia possa aprofundar-se nas causas dessa realidade e propor medidas para combatê-las", afirmou.

alesp