Reivindicações como contrapartida para o financiamento do Iamspe já foram incluídas O presidente da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento (CFOP), deputado Mauro Bragato (PSDB) abriu a audiência pública desta sexta-feira, 2/9, na Câmara Municipal de São José do Rio Preto, com a finalidade de debater o Orçamento 2012. Ele comunicou que a previsão de receita para a peça orçamentária de 2012 é de cerca de R$ 160 bilhões. Não diferente de audiências anteriores sobre o Orçamento em Rio Preto, a maioria dos participantes foi composta por funcionários públicos do Estado, sobretudo da Apeoesp. Os pedidos para a categoria são: cumprimento da data-base, reajuste salarial, pagamento de precatórios e contrapartida do Estado no financiamento do Iamspe, entre outros. Estava presente também grande número de cidadãos da região, que apresentaram sugestões de investimentos públicos. A reunião foi prestigiada por muitos parlamentares. O vice-presidente da CFOP, Luiz Claudio Marcolino (PT), lembrou que algumas reivindicações antigas, como a contrapartida do Estado no financiamento do Iamspe, já foram incluídas no Orçamento paulista. Segundo Marcolino, há empenho dos deputados também para garantir o cumprimento da data-base do funcionalismo. Integrante da comissão, Vitor Sapienza (PPS) disse que a região de Rio Preto deveria ter tratamento de região metropolitana, uma vez que há muitos problemas em comum relacionados à saúde pública, educação e presídios, que afetam os municípios da região. Relatora da LDO 2012, Regina Gonçalves (PV) lembrou a oportunidade que teve de apresentar uma proposta que contou com o consenso dos colegas deputados, para ela um avanço no processo orçamentário. Rodovia Euclides da Cunha Quanto à reformulação da rodovia Euclides da Cunha (importante acesso à região), Ana Perugini (PT) informou que as obras já estão em estágio de tratativas. Por resultados como esse, a deputada frisou a importância das audiências públicas como forma de levar ao Executivo as necessidades da população. Representante da região no Legislativo paulista, Orlando Bolçone (PSB) disse que, em paralelo ao desenvolvimento que Rio Preto vive, há grandes problemas, como os impactos negativos da produção da cana. O parlamentar comentou que há iniciativa para a criação da aglomeração urbana de Rio Preto. Outro representante de Rio Preto na Assembleia, o líder da Minoria João Paulo Rillo (PT) cumprimentou lideranças do funcionalismo estadual presentes em plenário, ressaltando que a categoria sofre um desmonte pelo governo do Estado. Rillo afirmou ainda que apresentou projeto de lei que transforma Rio Preto em região metropolitana. Sebastião Santos (PRB) também representa Rio Preto no Parlamento paulista. Segundo o deputado, há muitos loteamentos na região que aguardam regularização e santas casas deficitárias, o que, para ele, é uma situação de abandono pelo Estado, e é contra isso que se deve trabalhar. Contra as drogas Cerca de metade dos municípios da região responderam ao questionário da Frente de Enfrentamento ao Crack, coordenada pelo deputado Donisete Braga (PT). O quadro é preocupante, uma vez que cresce o consumo da droga, principalmente entre os jovens (16 aos 30 anos), que correspondem a 67% dos usuários da região. A faixa etária entre 9 e 15 anos representa perto de 6% do total de usuários. Para Itamar Borges (PMDB), o diagnóstico que as audiências do Orçamento buscam acerca da situação socioeconômica do Estado possibilitará a elaboração de um projeto orçamentário mais justo e regionalizado. O aumento da participação do público nas audiências do Orçamento foi mencionado por Geraldo Vinholi (PSDB). O parlamentar disse que o investimento não pode ser apenas em obras, mas também no ser humano. Outras solicitações Contra a instalação de presídio em Catanduva também houve manifestações. Outras propostas foram: mais recursos para atendimento a dependentes químicos e incentivos para melhorar a qualidade de vida de catadores de recicláveis. Fortalecimento para o parque tecnológico de Rio Preto, mediante mais recursos para as faculdades públicas da cidade, bem como criação de curso de engenharia na Unesp de Rio Preto foram outras reivindicações.