CPI ouve reitora e coordenador do curso de medicina da Unisa


04/08/2009 21:30

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Reunião da CPI que investiga a proliferação de cursos de Medicina<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/08-2009/CPIMEDICINAWALDEMIR_DARCI_GIGLIOMAU_5409.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Waldemir Rezende e Darci Gomes do Nascimento<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/08-2009/CPIMEDICINAWLADEMIR_DarciGomesdoNascimentoREITORA22MAU.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Parlamentares durante os trabalhos da CPI <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/08-2009/CPIMEDICINADEPSMAU_5376.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A Comissão Parlamentar de Inquérito constituída com a finalidade de investigar a proliferação de cursos de Medicina, assim como os efeitos desse fenômeno sobre a qualidade de serviços prestados, presidida pelo deputado Celso Giglio (PSDB), e a Comissão de Saúde e Higiene, presidida pelo deputado Fausto Figueira (PT), em reunião conjunta realizada nesta terça-feira, 4/8, no plenário José Bonifácio, ouviram depoimentos da reitora Darci Gomes do Nascimento, e do coordenador do curso de Medicina, Waldemir Rezende da Universidade de Santo Amaro (Unisa) sobre ações da universidade com a finalidade de adaptar os cursos oferecidos às exigências do Ministério da Educação e Cultura (MEC) e também esclarecimentos quanto a demissões ocorridas na Unisa.

Darci Gomes do Nascimento declarou que desde quando assumiu a reitoria da instituição teve como meta a qualificação do corpo docente da escola. Segundo ela, quando foi visitada por representante do MEC foi assinado um termo do comprometimento de cumprimento dos termos de saneamento estabelecidos pelo ministério, que eram as mesmas que ela já vinha implantando na universidade, ou seja, existência de um quadro orgânico com no mínimo 33% de mestres e doutores em Medicina, um terço de professores trabalhando em regime integral de trabalho, pedido de divulgação das normas acadêmicas da universidade, revisão do currículo do curso de Medicina, proposta de redução de vagas tendo em vista a base prática dos alunos, além de outras medidas.



Demissões



Com relação aos professores demitidos, o que gerou protestos por parte dos alunos da escola, Darci Gomes disse: " De 2008 até ontem houve 62 demissões, sendo que parte delas foi feita nas gestões anteriores, de Osires Silva e Paulo Kassab. No período a que me refiro, 17 pessoas pediram demissão, outras foram demitidas por apresentarem problemas como licenças frequentes, falta de cumprimento das horas estabelecidas para pesquisa", entre outras inadequações às exigências da universidade. No mesmo período, declarou, foram admitidos 79 profissionais, cuja qualificação foi analisada por uma comissão permanente de avaliação do corpo docente da escola.

"Senti-me atraído para atuar na reformulação do campus de medicina da Unisa. Meu papel foi entrar na mudança para atender as exigências do MEC, para a formação de médicos que atendam as necessidades da região, tão carente e que precisa do apoio da sociedade", afirmou Waldemir Resende.



Redução do período letivo



A reitora da universidade contou que, em 2007, a Unisa, então como gestora do Hospital do Grajaú, decidiu pelo afastamento da superintendente do hospital, Maria Cristina Cury. Segundo a reitora, após este fato, o secretário municipal de Saúde, Márcio Cidade, ameaçou desfazer a união entre a universidade e o Hospital do Grajaú , caso a exoneração de Cristina não fosse tornada sem efeito. A reitora acrescentou ter documento que confirma amizade entre o secretário e a ex-superintendente do hospital, cuja cópia Figueira solicitou que fosse encaminhado à CPI. "Hoje, temos apenas convênio com o Hospital do Grajaú", acrescentou a assessora jurídica da faculdade, Rosane.

Voltando aos protestos dos estudantes, Darci Gomes afirmou que o que aconteceu na verdade foi um movimento dos residentes, postulando a volta dos demitidos sob pena de não retomarem as atividades. "Durante as negociações, nós colocamos que a Unisa estava disposta a repor as aulas perdidas, mas os estudantes recusaram a oferta, dizendo que já haviam estudado mais do que o necessário e que deveriam já receber seus diplomas. De Maria do Patrocínio Nunes, representante do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), indicada pelo MEC para o acompanhamento do curso de Medicina da Unisa, recebi a notícia de que deveríamos reduzir o período letivo", continuou a reitora. Darci Gomes mostrou sua preocupação com os alunos do 6.º ano de Medicina, que, por conta de seus estudos para a residência médica, que é muito concorrida, preterem as atividades letivas e o internato do 6.º ano. Sobre esta informação, Celso Giglio, coordenador da reunião, declarou: " estou estupefato com a recomendação de redução do período letivo".

Estiveram presentes os deputados José Augusto, Pedro Tobias, Analice Fernandes, do PSDB, João Barbosa, do DEM, Luis Carlos Gondim, do PPS, Gilmaci Santos, do PRB, Mozart Russomano, do PP, e Vanessa Damo, do PV.

alesp