Secretária destaca a necessidade da educação inclusiva

Encontro Estadual de Agentes Públicos
23/02/2011 20:50

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Linamara Rizzo Battistella, secretária estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/02-2011/linamarabattistella.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Encerrando as atividades do primeiro dia do 3º Encontro Estadual de Agentes Públicos, a secretária estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Linamara Rizzo Battistella, apresentou os dados de duas pesquisas: a primeira, realizada em dez escolas estaduais com 4.500 crianças, sobre o desempenho escolar e as suas correlações com a situação familiar; e a segunda, com 2.668 profissionais da educação, sobre o impacto da inclusão de alunos com deficiência nas salas de aula.

A pesquisa com os estudantes estabelece uma relação clara entre problemas familiares e baixo desempenho escolar. "Os problemas na gestação, o ambiente familiar e a falta do acompanhamento precoce da saúde das crianças são determinantes para o aparecimento de dificuldades de aprendizagem", afirmou Linamara.

A secretária lamentou o encerramento do programa de saúde escolar, que fazia o acompanhamento pediátrico e dentário das crianças, podendo diagnosticar problemas logo no seu início. Afirmou que há um esforço do governo do Estado para que este acompanhamento retorne às escolas.

Dessas pesquisas, Linamara destacou que, do universo de crianças arroladas como agressivas, hiperativas e desatentas, apenas 5% apresentavam dificuldades graves de aprendizagem que justificariam um atendimento diferenciado. As restantes poderiam conviver em harmonia e superar dificuldades pontuais através de um acompanhamento integrado na própria escola.



Inclusão



Quanto aos profissionais ouvidos sobre a incorporação do deficiente na escola pública, ficou constatado que boa parcela deles tem dificuldades para compreender o que é a deficiência e o que ela implica. No levantamento, 26% dos pesquisados associaram cegueira a doença e não a deficiência.

Como conclusão da pesquisa, ficou evidente que é necessário informar aos professores e funcionários sobre as diversas deficiências, suas implicações e formas de trabalhar com o deficiente. Na consulta aos funcionários de apoio, foi constatado que 91% não receberam qualquer informação de como lidar com o aluno deficiente.

Ao responder às perguntas da plateia, a secretária foi enfática ao afirmar que a educação inclusiva traz ganhos para todos: professores, funcionários e alunos, deficientes ou não, aprendem a conviver com a diversidade e exercitar a solidariedade. Ela destacou que os municípios precisam implementar políticas inclusivas, que começam já nas condições de transporte para que o deficiente chegue à escola e possa estabelecer vínculos sociais.

alesp