Particularmente surpreendente na escultura de Regina Ricetti é a idéia dominante do arquétipo que permanece eterno e do valor mágico que conserva em alguns traços, como na tradição pré-histórica. A pesquisa da artista, de um método escultórico que resulta clara e interessante, segue um alfabeto visual para descrever o inalcançável. Em suas obras estabelece a dialética do criador com a realidade; na série do "naturalismo" se coloca como mediadora entre a natureza e o terrestre. Unindo os mais diversos procedimentos: vidro fundido e ferro e aplicando através deles uma sua metodologia, a artista mantém os contatos, mesmo que genéricos, com a forma nascente e tem a tendência de construir a sua escultura com um impulso potencial interior. O "convite ao diálogo" de toda e qualquer realização do intelecto humano é sem dúvida a prova melhor de sua validade e conseqüentemente, do valor da artista que a concebeu e que soube passar concretamente da idéia à realização, tanto para si como para os outros. Na escultura "Flor", obra doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, a disciplina e o método revelam uma escultora importante que passa a enriquecer a prospectiva mítica da arte brasileira. Sua obra em vidro possui vitalidade e a marca de uma harmonia desejada e conquistada. A Artista Regina Ricetti nasceu em São Paulo no ano de 1953.Formou-se pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo em 1988.Realizou ainda os seguintes cursos: Iade, desenho de comunicação e expressão com os professores Luis Paulo Bavareli e José Resende; Espade, desenho, decoração e paisagismo; e dos ateliers Maria do Carmo Andrade, Regina Mabe; Megume Yuasa. No atelier livre de escultura da FAAP, participou de cursos com os professores Juan Gondino e Rafael Castilho. Estudou ainda no atelier Artescultura, com Calabrone e Becheroni; na Oficina Terra, modelagem e escultura com o professor Yoshiro Ikeda; história teórica da pintura e escultura, com a professora Liseta Levy; pintura no Espaçoarte, com o professor Dudi Maia; na Accademia de Scultura, com o professor Balocci em Carrara (Itália) e no Laboratório de Escultura do professor Carlo Nicoli, Carrara (Itália). Entre as exposições que participou, destacam-se: Cerâmica, Grande Hotel São Pedro, SP (1980); Fundação Armando Álvares Penteado, FAAP, SP (1981); 1° Salão de Artes Plásticas, Museu de Getulina, SP (1982); 1° Atelier Artescultura, Galeria Artescultura; 1° Salão de Artes Plásticas de Alphaville, SP; ''Fragmentos'', Livros e Arte, SP; "Escultores em Alpha", Alphaville Tênis Clube, SP (1984 e 1989); 4° Salão de Arte Contemporânea, São José do Rio Preto; 2° Exposição de Outono, Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa; "Esculturas", MASP; SP; "Esculturas em Alpha", Espaço Cultural C. A. Paulistano.; "Esculturas e Temperas", Casa do Artista "Antonio Duarte", Santa Bárbara D'Oeste; "Esculturas", Galeria Itaú, Goiânia, GO; "Novos Artistas", Beco da Arte, Shopping Center da Gávea, RJ; Noite de Arte, Maison, Cidade Jardim; 1° Salão de Casa, Decoração e Jardim, Palácio das Convenções SP (1985); "A Escultura ao Alcance de Todos", Salão Nobre IV Centenário; 19° Esposição de Arte, Chapel Art Show, SP (1986 e 1987); "Luminárias e Jóias", Galeria Espaçoarte, Alphaville (1986 e 1990); 1° Salão Brasil-Itália, Parque Anhembi(1986 e 1987); 2° Salão de Decoração, Palácio das Convenções; "Múltiplos", Galeria Babelido's, SP (1986 e 1987); "Esculturas", Itaú Galeria de Arte (1986); 1° Concurso de Arte, Clipping Comunicações; "Pintura e Escultura Contemporânea", Alphaville; "Arte em Moema", Atelier Olívia Cook e Suzana Tomazelli (1987 e 1989); "No Meio do Caminho", Leblon, RJ; "Noite de Arte", Buffet Franca, SP; "Coletiva", Atelier Olívia Cook (1987); Agencia Tompson, Citybank; "A Escultura ao Alcance de Todos", Centro Cultural Rebouças (1988); "Grande Movimento de Artes Plásticas", Call Center, SP (1990). Possui obras em diversas coleções particulares e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.