Lançada frente parlamentar em defesa da Cantareira


28/04/2008 20:03

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O ponto alto do evento foi o lançamento de uma nova frente, desta vez parlamentar: a de Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas da Serra Cantareira<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/04-2008/SERRA CANTAREIRA MESA 929ZE.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Reunião da  Frente de Defesa da Serra da Cantareira<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/04-2008/SERRA CANTAREIRA GERAL 952ZE.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Por iniciativa do deputado Olimpio Gomes (PV), a Frente de Defesa da Serra da Cantareira realizou seu primeiro encontro nesta segunda-feira, 28/4, na Assembléia Legislativa. O ponto alto do evento foi o lançamento de uma nova frente, desta vez parlamentar: a de Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas da Serra Cantareira. Para o deputado, a iniciativa representa a abertura de uma importante oportunidade de articulação entre o Legislativo e os setores da sociedade interessados na preservação ambiental daquela área.

A opinião de Olimpio Gomes foi compartilhada por seu colega de partido, vereador Abou Anni. Ele citou desastres ambientais recentes, como um tufão em Indaiatuba e a seca nas Cataratas do Iguaçu, para ressaltar a urgência da união dos poderes públicos em torno da defesa do meio ambiente. "Vamos esperar mais o quê?", indagou Abou Anni na conclusão de seu intervento.

Rogério Menezes, secretário de formação da Executiva Estadual do Partido Verde, também destacou a importância da frente parlamentar como novo instrumento de articulação institucional. "Essa frente é uma das mais importantes porque trata, em última análise, do abastecimento de água das regiões metropolitanas de São Paulo e de Campinas", disse Menezes. "É fundamental que ela se articule também com os comitês das bacias do Alto Tietê e do Piracicaba".

Segundo dados apresentados por Rogério Menezes, o Sistema da Cantareira abriga a maior reserva de floresta nativa do mundo, com 79 milhões de metros quadrados de mata atlântica " o equivalente a oito mil campos de futebol do tamanho do Morumbi " e é responsável por quase metade do abastecimento de água da Grande São Paulo. Só para bombear água da Bacia do Piracicaba para o Alto Tietê é necessário um volume de energia equivalente ao consumido por todo o município de Bauru. "Dados como esses podem dar uma idéia da importância dessa questão", argumentou Menezes.

Na opinião de Paulo Spina, da Congregação de Associações da Serra da Cantareira, os moradores podem colaborar com a preservação da área, tanto no que diz respeito à mata quanto à água. "Há focos de ocupação desordenada na Serra e é preciso avaliar pontualmente cada caso, além de enfrentar o problema do impacto ambiental do Rodoanel", declarou Spina.

Para o coordenador da Bacia 7 do Partido Verde, Antonio Carlos Nery Pinho, "há diferentes interesse e isso é natural, mas precisamos inserir a pauta ambiental na pauta política para que a questão seja enfrentada de forma global e integrada". Romildo Campelo, vice-presidente do Subcomitê Tietê-Cabeceiras, propôs a aprovação de uma lei específica para a região, que revise a atual Lei de Mananciais.

O tenente-coronel Wanderley Manuel, representante do Comando da Polícia Ambiental, também defendeu a articulação entre os vários agentes institucionais para que os esforços de todos sejam coordenados e eficazes, a exemplo do que, segundo ele, ocorreu na zona sul da Capital. Ele também, apresentou algumas das principais preocupações do policiamento da região entre as quais se destacam as ocupações clandestinas e a soltura de balões.

alesp