O principal objetivo da colônia armênia de São Paulo " quiçá do mundo inteiro " é o reconhecimento por todas as nações, incluindo a Turquia, do genocídio que os turcos cometeram contra os armênios no dia 24 de abril de 1915. "Por isso, todos os anos nós fazemos questão de lembrar as vítimas da chacina e lutar para que o Brasil reconheça o genocídio, a exemplo do que já fizeram muitos países", declarou o presidente do Conselho Nacional Armênio da América do Sul, Simão Kerimian, na solenidade que marcou o 93º aniversário do genocídio. Abriu o evento o deputado Vitor Sapienza (PPS), que falou de sua amizade com a colônia e ressaltou: "um povo que não cultiva seus heróis não merece ser chamado de povo". Ele relembrou o heroísmo dos armênios em sua luta contra o domínio soviético. Sapienza deu lugar a Davi Zaia que se solidarizou com as demandas da colônia " os armênios também querem a desocupação dos territórios que os turcos anexaram " e falou da violência da ação turca. Os sacerdotes cristãos Arcipestre Guzelian e Boghos Baronian rezaram o "Pai Nosso" voltados para a Cruz de Pedra (Hatch Kar), acompanhados pelos presentes. O cônsul armênio Valery Gumortunian fez um discurso acusando a brutalidade da chacina de 1915 que, segundo ele, pretendia exterminar o povo armênio. O local da solenidade recebeu o nome de Praça Cruz de Pedra, em homenagem à cruz trazida da Armênia e ofertada para a Assembléia.