Sérgio Longo evidencia de forma metafísica a relação da arte com as estruturas tecnológicas

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
07/10/2005 16:40

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Obra A dança das horas<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Sergio Longo danca das horas.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Sérgio Longo <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Sergio longo.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Fantasia, realidade e crônica... não são poucas as solicitações que o artista Sérgio Longo tem de notícias de missões, de lançamentos, de viagens através do espaço. Criando estruturas na composição, suas paisagens lunares são sonhadas, ricas de tons e justificadas entre realidade e irrealidade.

Fiel à crônica de "missões à lua" ou de "missões ao espaço", seu cromatismo mostra um gosto apurado, no qual o sonho se torna realidade e a realidade, sonho. A fantasia, por sua vez, corre em tons "espaciais" agradavelmente frios e às vezes vivazes com significantes encontros e desencontros de linhas, de forças e de mundos.

As composições de Sérgio Longo são como um jogo entre a objetividade da citação e a linguagem convencional do desenho ou da pintura e levam o artista a reconstruir a unidade mental da forma.

Suas obras mais recentes, embora nelas permaneçam grafismo e referências figurativas, nos levam a relembrar as primeiras décadas do século passado, onde cubismo e futurismo ensaiavam suas primeiras experiências abstratas.

Entretanto, na sua concepção da luz e na re-qualificação construtiva da informação, o artista define uma metodologia de "visual design" socialmente empenhada em divulgar, na cultura de massa, novas descobertas de vanguarda.

Na obra "A dança das horas", doada ao acervo do Museu de Arte do Parlamento e São Paulo, Sérgio Longo evidencia, de forma metafísica, a relação da arte com as estruturas tecnológicas que nos são oferecidas atualmente e que tiveram início entre a primeira e a segunda guerra mundial através de um utopismo científico e didático.



O Artista

Sérgio Longo nasceu em São Paulo, em 1946. Criou-se em Mauá onde deu seus primeiros passos nas artes plásticas. Autodidata teve influência de grandes mestres paulistas e do seu irmão mais velho, oleiro e ceramista, mas, principalmente, dos artistas do movimento europeu dos anos 50, denominado "abstração lírica".

Incentivado pelos mestres Carpentiere e Aldo Cardarelli, passa a dedicar-se à pintura de forma mais objetiva. Concomitantemente, iniciou suas atividades como professor, ministrando cursos de arte acadêmica e estudos de restauração e identificação de obras de arte.

Atualmente, sua atuação como professor se concentra na realização de palestras e oficinas, transmitindo sua experiência profissional e os conceitos baseados no seu livro "A sabedoria Artística".

Entre as diversas exposições, individuais e coletivas que participou, destacam-se: Salon Figuration Critique, La Defense, Paris, França; Sintra, Portugal; Salon dês Independants, Paris, França; 1° GACC, Museu de Arte Moderna (MAM), Salvador, BA; Vera Cruz, Museu Brasileiro da Escultura, MUBE, SP; Salão Internacional do Petit Format, SP; Salon Figuration Critique, La Defense, Paris, França; I Exposición de Artistas Latino-Americanos, Memorial da América Latina, SP; "Retrospectiva 1991-2001", Espaço Cultural do Centro de Convenções Rebouças, SP; "Os 500 anos do Descobrimento", Espaço Cultural Shopping Service, Alphaville, SP; "Fundição", Conjunto Cultural da Caixa Econômica Federal, SP.

Suas obras encontram-se em diversas coleções particulares e oficiais como no Centro de Convenções Rebouças e notadamente no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp