Helena Kazue Nakai atribui à paisagem brasileira entonação lírica e sublime chamamento poético

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
14/02/2007 15:14

Compartilhar:

Helena Kazue Nakai  <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/M-Helena Kazue Nakai.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Pantanal<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/M-Helena Kazue Nakai paisagem pantanal.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Helena Kazue Nakai atribui à paisagem algo que vai além do significado poético estritamente sugerido pelo real. De sua obra, emerge um caráter de profunda brasilidade. São paisagens bem construídas, sólida e atentamente, e que possuem, sem dúvida, um sopro de sinceridade e de vigor. Sua pintura exige um público que ame verdadeiramente a terra e, ao pensá-la como cena do labor humano, lhe acrescente peso e beleza.

A artista sabe pintar vegetação, colinas, rios, lagoas e árvores com um estilo personalíssimo. Ela nos restitui uma suave emoção da realidade, juntamente com uma visionária transfiguração que somente alguns mestres, como Kokoschka, foram capazes de exprimir.

Os quadros que pinta possuem uma entonação lírica, um sentido sugestivo de amplitude e de sublime chamamento. Apaixonada pela Amazônia e pelo Pantanal de Mato Grosso, essa artista essencialmente paisagista sabe dar conteúdo à sua paisagem. Não se coloca unicamente numa posição impressionista. Sua pintura possui uma vitalidade romântica, dando a esse termo o significado de sentimento ativo da natureza.

Valorizada por um desenho preciso, sua palheta cria, através de um cromatismo sublime e harmônico, paisagens seminaturais e semi-sonhadas, valorizadas por uma arte ao mesmo tempo refinada e espontânea.

Fugindo de toda busca de preciosismo e enfocando o essencial, na obra Pantanal 31, premiada na Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Florença e doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, a autora acaricia as imagens, colhendo da natureza somente o que mais a exalta e a comove.

A artista

Helena Kazue Nakai nasceu em 1935, em Mogi das Cruzes (SP). Estudou em sua cidade natal e formou-se em direito pela Universidade de Mogi das Cruzes.

Iniciou sua vida artística em 1983. Realizou diversas exposições internacionais, entre as quais: Taipei Fine Arts Museum Taiwan, República da China (1986); Theatre National Mohammed V, Marrocos (1987); Exposição Internacional, Paróquia de Santa Maria Grecca, Bari, Itália (1994); Nortel, Miami, Estados Unidos (1996); Lúcio Rodrigues Gallery, Flórida, Estados Unidos (1996); IV e V Biennale Internazionale di Roma (2002 e 2004); Primavera "2001/2002", de Roma, Itália (2002); Castello Savelli di Roma, Itália (2002); e IV Biennale Internazionale di Firenze, Itália (2003).

Recebeu inúmeros prêmios nacionais e internacionais, como: Prêmio Internacional de Artes Plásticas Brasil (1986 e 1987); Medalha de Bronze, I Salão Nacional de Artes Plásticas Intercâmbio Nacional (1990); Medalha de Bronze, IV Salão de Artes Plásticas e Fotografia de Santo Amaro (1995); Diploma di Merito, 5º Prêmio, IV Biennale D"Arte Internazionale di Roma (2002); Taça de Prata, Prêmio Primavera de Roma (2002); Medalha Prêmio Castello, Castello Savelli di Roma (2002); Grande Prêmio, IV Biennale Internazionale di Firenze (2003); e Primeiro Prêmio Figurativo Moderno, V Biennale Internazionale di Roma (2004).

Suas obras fazem parte de diversos acervos oficiais e particulares no Brasil e no exterior, entre eles o do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp