CPI da Pirataria ouve delegado


03/11/2003 20:22

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CPI Federal da Pirataria<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/pirataA31103.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Delegado aposentado da Polícia Federal, Gilberto Aparecido Américo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/pirata31103.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

DA REDAÇÃO

O delegado aposentado da Polícia Federal, Gilberto Aparecido Américo, depôs nesta segunda-feira, 3/11, na CPI Federal da Pirataria, em reunião realizada na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo. O interesse de seu depoimento reside em que o delegado teria sido vítima de conspiração tramada pelos juízes federais, os irmãos Casem e Ali Mazloum, recentemente apontados pelo Ministério Público Federal como integrantes, em conjunto com outros juízes federais, de uma organização criminosa que negociava a venda de sentenças judiciais, a liberação de mercadorias contrabandeadas e dificultava a incriminação de suspeitos ainda na fase de inquérito.

Segundo o depoimento do delegado, ele chegou a ter prisão decretada quando chefiava a Delegacia de Crime Organizado da Polícia Federal, em 1998, e presidia um inquérito contra Renato Alencar Esteves Arraes - que mantinha estreitas ligações com o doleiro Toninho Barcelona e aplicara golpes em vários investidores. Dele, foi apreendido um notebook em que constaria o nome de Ali Mazloum. Além disso, Gilberto Américo conduzia inquéritos em que diversas cargas de mercadorias contrabandeadas foram apreendidas, inclusive as do chinês Law Kin Chong, acusado de ser um dos maiores contrabandistas do país.

O delegado afirmou que enviou documento relatando o ocorrido às autoridades, mas não foram tomadas as devidas providências. Defendido pelo advogado Márcio Thomás Bastos, Gilberto Américo relatou que não teve sequer o apoio da Polícia Federal quando respondia ao inquérito. Contou também que o juíz Ali Mazloum segurou seu inquérito até a prescrição de eventual processo por abuso de autoridade, o que o impediu de processá-lo.

O presidente da CPI, deputado Luís Antônio Medeiros (PL/SP), informou que nesta quarta-feira, 5/11, será realizada reunião da CPI em Brasília e quinta e sexta-feira (6 e 7/11) na Assembléia, quando serão ouvidos os donos da Galeria Pajé.

alesp