Aids: o preconceito tem cura

Opinião
30/11/2005 20:17

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Deputado Pedro Tobias <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/P.TOBIAS.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Nesta quinta-feira é lembrado o Dia Mundial de Luta contra a Aids, data oportuna para fazermos uma reflexão sobre o "Preconceito e a Discriminação" ainda existentes que são, na verdade, as duas maiores barreiras contra as pessoas que estão vivendo com o vírus HIV. Os estigmas relativos à doença são os principais empecilhos no combate à epidemia, ao adequado apoio, à assistência e ao tratamento da Aids e ao seu diagnóstico. Também são desencadeados por motivos que incluem a falta de conhecimento, mitos e medos. Portanto, ao discutir preconceito e discriminação, as autoridades ligadas à Saúde esperam reduzir este problema associado à Aids.

Quando se pensava em Aids, as pessoas acreditavam que era uma doença restrita aos chamados grupos de risco, como os profissionais do sexo ou os homossexuais. Mas a epidemia mostrou que todos têm que se prevenir : homens e mulheres, casados ou solteiros, jovens e idosos, todos, independente de cor, raça, situação econômica ou orientação sexual.

A Aids, ou Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, é uma grave doença infecto-contagiosa que ataca as células de defesa do organismo e, apesar dos avanços da Medicina, ainda não tem cura. A única forma de evitá-la é a prevenção. Para se prevenir, use corretamente a camisinha em todas as relações sexuais e apenas agulhas e seringas descartáveis. Para evitar que a Aids passe da mãe para o filho, todas as gestantes devem começar o pré-natal o mais cedo possível e fazer o teste de Aids.

Se alguma pessoa tiver dúvidas sobre a necessidade de realizar teste ou sobre sintomas clínicos que esteja apresentando, não deixe de perguntar para o médico ou qualquer outro profissional competente ligado à Saúde. Existem serviços oficiais que atendem pacientes portadores do vírus e doentes de Aids.

Com relação ao preconceito e à discriminação, é importante ressaltar que a convivência social, isto é, morar na mesma casa, utilizar os mesmos copos e talheres, trabalhar junto com um portador da Aids, nada disto oferece risco de contaminação. O fundamental é saber que uma pessoa com Aids deve ser tratada com o mesmo respeito e dedicação que uma pessoa que não tem a doença. Encare a Aids com informação sobre a prevenção e lembre-se que o preconceito tem cura.

*Pedro Tobias é médico e deputado estadual pelo PSDB

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