O mundo poético de Célia Canosa através da natureza em constante vibração

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
30/06/2006 17:38

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Bromélia<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/celia obra.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Pintar a flora e a fauna da Mata Atlântica é inerente ao temperamento de Célia Canosa e à sua sensibilidade, que reclama o meio expressivo mais adequado para alcançar, também tecnicamente, a visualização do próprio mundo poético.

Utilizando pintura a óleo, acrílico ou aquarela, além de desenhos a nanquim, sua linguagem é despojada de complicações e, partindo de um dado emocional genuíno e sincero, se entrega à luminosidade das tintas e a uma elaboração moderna e cadenciada.

Fascinada, antes de tudo, pelas cores e pelas formas da flora que reproduz, a artista evidencia em suas telas a satisfação de quem reencontra na própria criatividade as mesmas intensidades e os mesmos valores cromáticos que provocam a sua admiração e a do observador frente ao fascínio da natureza tropical.

Os meios expressivos dessa artista são simples porque marcados com uma absoluta necessidade de clareza. Eles manifestam o vivo desejo de comunicar as formas poéticas de seu sentimento alheio a qualquer estrutura intelectualística. Em suas obras sente-se a cor sonante e uma impostação gráfica decisiva, que adquirem tonalidades fortes e precisas.

Em "Bromélia", obra doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, Célia Canosa se envolve ao entusiasmo que o tema lhe suscita e faz sentir a natureza em constante vibração.

A artista

Célia Canosa, pseudônimo de Célia Regina Canosa, nasceu em São Paulo (SP) em 1965. De formação universitária em química e farmácia industrial, tornou-se artista plástica especializando-se na flora e fauna da Mata Atlântica.

Estudou desenho e pintura em São Paulo, na Vila Galeria de Arte, em 1993; desenho e perspectiva com o professor Hans Hornig, em Paraty (RJ), pintura impressionista com Chico Souza; pintura indígena com Helon Brasil; criação de imagens a partir de textos literários, no Instituto Tomie Ohtake; e curso de Sumi-e e historia da arte japonesa com Suely Shiba.

Participou de inúmeras exposições coletivas: Galeria de Artes da Vila Madalena, São Paulo, SP (1995); I Festival de Artes de Paraty, Galeria Flamboyant (2001); Festival de Inverno dos Artistas de Paraty (2003); "Janelas de Paraty" (2004); e I e II Leilão de Artes de Paraty (2005),

A artista mantém uma exposição permanente na Pousada Bromélias, em Paraty, onde reside e instalou seu ateliê. Possui obras em diversas coleções particulares no Brasil e no exterior e no acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp