Audiência debate renovação de contrato da Sabesp em São Roque


24/03/2009 21:40

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Renovação de contrato da Sabesp em São Roque é debatida em audiência<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2009/SABESPMESAMAU1040.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A Frente Parlamentar de Acompanhamento das Ações da Sabesp, coordenada pela deputada Ana Perugini (PT), promoveu nesta terça-feira, 24/3, audiência pública para debater e renovação do contrato da Sabesp com o município de São Roque e dar posse à comissão provisória do fórum de discussão da renovação do contrato da empresa com aquele município.

A ideia de debater o assunto na Assembleia partiu do presidente da Associação Missionários dos Amigos e Servos do Senhor Jesus, Fonte de Água Viva, Ivonildo Vieira. Segundo ele, a iniciativa deve-se à ausência da Sabesp nas audiências e fóruns sobre o assunto. Vieira lembrou que São Roque, como reza a legislação, já possui um plano de saneamento básico e, portanto, não há impedimentos para que tal renovação aconteça.



Denúncias



Maurício Tavares de Lima lembrou que os contratos entre os 23 municípios que compõem o comitê de bacias e a Sabesp foram firmados entre 1979 e 1989, pelo prazo de 30 anos. Lima denunciou que, apesar de a Sabesp cobrar 80% do valor das contas de água para tratamento do esgoto, a empresa não presta esse serviço. "De acordo com informações da empresa, essa taxa refere-se ao afastamento do esgoto, e não ao seu tratamento." Tavares destacou, ainda, que gráficos da Sabesp apontam que alguns municípios, entre eles São Roque, têm 100% de água tratada. "O que não é verdade. As metas apresentadas pela Sabesp são impossíveis de ser cumpridas."

Os participantes relataram ainda que as obras da estação de tratamento de esgoto da cidade estão paralisadas desde 1999. Isso ocorre porque, de acordo com o representante da Sabesp, Paulo José Lourenço, houve um problema com a empreiteira que prestava serviços à Sabesp. "Até o final do ano, a Sabesp deve retomar as obras da estação. É preciso apenas respeitar o processo licitatório".



Contratos



O representante da Sabesp disse também que os contratos entre a empresa e os municípios são renovados a cada quatro anos, e que a sociedade pode ter acesso a eles. "Não existe impedimento, por parte da Sabesp, sobre a participação da sociedade no processo de discussão do contrato." Outra informação de Lourenço diz respeito à percentagem de tratamento da água nos municípios. "Até 2013, a Sabesp vai tratar 100% da água nas casas e indústrias localizadas nas áreas urbanas dos municípios interioranos e litorâneos. As áreas mais afastadas devem ser beneficiadas em 2018." Segundo ele, dos 326 municípios onde a Sabesp presta serviços, 111 recebem tratamento integral de água e esgoto.

Apesar dos questionamentos e ressalvas dos palestrantes sobre o tratamento que a Sabesp dispensa aos munícipes, os participantes são favoráveis à renovação dos contratos com a empresa. Até porque, reconhece Maurício Lima, as cidades não têm condições de gerenciar o serviço.

"Caso um município queira encerrar seu contrato com a Sabesp, ele pode fazê-lo. A Sabesp apenas reivindica seu direito de participar do processo licitatório", enfatizou Paulo José Lourenço Silva.

Compuseram a mesa de debates: Ivonildo Vieira, presidente da Associação Missionários dos Amigos e Servos do Senhor Jesus "Fonte de Água Viva"; Rosângela César, do Comitê do Rio Sorocaba e Médio Tietê; Paulo José Lourenço da Silva, representando a Sabesp; Maurício Tavares de Lima, representando os moradores de São Roque; e Nader Bujan, médico sanitarista.

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