Museu de Arte do Parlamento de São Paulo - Tradições natalinas: presépio, árvore de Natal e Missa do Galo


22/12/2010 14:08

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São Francisco de Assis na interpretacao de Giovanni Pietro di Bernardone<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/12-2010/MUSEUDEARTESaoFranciscodeAssisnainterpretacaodeGiovanniPietrodiBernardone.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Os primeiros registros da celebração do Natal têm origem na Turquia, em meados do século II e mais precisamente na data de 25 de dezembro. O Papa Júlio I, após uma pormenorizada investigação levada a efeito no ano 350, proclamou essa data oficial.



O imperador Justiniano, por sua vez, instituiu a data como feriado nacional no ano de 529. Posteriormente, o período das festas natalinas foi ampliado até a Epifania, ou seja, de 25 de dezembro a 6 de janeiro, que passou a ser chamado o Dia dos Reis Magos.



O Presépio, a árvore de Natal e a Missa do Galo constituem elementos básicos das tradições natalinas, hoje adotadas em todas as partes do mundo independente de sua profissão religiosa. O Presépio, segundo a tradição católica, teve em São Francisco de Assis seu criador, no século XIII.



Desejando celebrar o Natal dentro do maior realismo possível, Francisco obteve do Papa autorização para montar um presépio numa cocheira e instalar sobre a palha da manjedoura a imagem do Menino Jesus, com um boi e um jumento vivos ao seu lado. Foi nesse ambiente que o Santo de Assis celebrou a sua missa de Natal no ano de 1223.



No que tange a árvore de Natal, sua tradição nasceu por volta do terceiro milênio antes do nascimento de Jesus Cristo. Inúmeros povos da época praticavam cultos às árvores por considerá-las representativas da energia e da fertilidade da Mãe Natureza.



Vale lembrar que com a chegada do inverno as folhas da maioria das árvores caiam, de modo especial o carvalho, considerado a árvore modelo. Os povos da época que acreditavam na fuga do espírito da natureza, tinham o costume de enfeitá-las como forma de atração.



Dados históricos testemunham que a partir do século XVI surgiu na antiga Alemanha o uso da árvore de Natal, como nos dias de hoje. Entretanto, essa tradição se espalhou pelo mundo afora somente a partir do século XIX. Desde então, a árvore escolhida passou a ser o pinheiro que conserva a mesmo verde e formosura em todas as quatro estações.



Por outro lado, a Missa que se costuma celebrar anualmente na noite de 24 para 25 de dezembro passou a ser mais conhecida como Missa do Galo. Segundo a lenda, essa denominação se deve ao fato de que essa ave foi a primeira que teria presenciado o nascimento do Menino Jesus e, com seu gorjeio, foi o anunciador do feliz evento.



A primeira vez que se tem notícia da realização dessa missa foi no século IV e transformada numa celebração festiva a partir da Idade Média. Vale salientar que, até os primórdios do século XX, o nascimento do Messias era anunciado tradicionalmente à meia-noite com um repicar de sinos e a simulação do canto de um galo.



Espírito de Natal





Solidariedade, paz, alegria e amor são os votos que fazemos aos nossos leitores, aproveitando da passagem do dia em que se comemora a data máxima da Cristandade. Dentro desse espírito natalino ilustramos o nosso artigo sobre as Tradições de Natal com algumas obras do Acervo Artístico do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

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