A infância, a rebeldia da juventude, as lições de humanismo recebidas no lar, a indignação com as injustiças sociais e a opção pela política. Esses foram alguns dos temas que pontuaram o depoimento da deputada Maria Lúcia Prandi (PT) ao Projeto Memória e História Oral, da Fundação Arquivo e Memória de Santos, na sede do Museu da Imagem e do Som de Santos, em 4/2. O historiador José Dionísio de Almeida atuou como entrevistador. O objetivo do projeto, coordenado pelo também historiador Roberto Tavares, é colher o testemunho de quem vivenciou e participou da história recente da cidade, além de apresentar fatos da vida pessoal dessas personalidades e influências recebidas. Prandi lembrou a família numerosa, a infância em Potirendaba e a transferência para Santos, aos 11 anos de idade. "Tive uma família acolhedora, de formação humanista", destacou. A maior influência veio da mãe, Josephina, que "nos ensinou o senso de responsabilidade". A militância política começou nas lutas sindicais da Apeoesp e ganhou força na campanha pela anistia. Os fatos se sucederam: filiação ao PT, envolvimento no movimento Diretas Já, luta pela reconquista da autonomia de Santos e na campanha petista à prefeitura da cidade. em 1984. Quatro anos depois, coordenou a campanha eleitoral que elegeu Telma de Souza prefeita de Santos. A convite desta, aceitou o desafio de assumir o cargo de secretária de Educação de Santos. Candidata a deputada estadual em 1992, Prandi foi a segunda mais votada do PT. "Desde então, a população me honra com o seu voto e estou no quarto mandato." mlprandi@al.sp.gov.br