Bancada do PV envia moção contra briga de galo


09/11/2004 14:30

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Deputados Padre Afonso Lobato, Giba Marson e Ricardo Castilho<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/PdreAfonsoGibaCastilho.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Da assessoria da Liderança do Partido Verde

Os deputados da bancada do Partido Verde na Assembléia Legislativa de São Paulo enviaram moção aos presidentes da Câmara Federal, João Paulo Cunha, e do Senado, José Sarney, apelando para que não seja aprovado o Projeto de Lei 4.340/2004, que propõe a legalização da prática da briga de galos. O autor do projeto é o deputado Fernando de Fabinho (PFL/BA).

Para os deputados Ricardo Castilho, Padre Afonso Lobato e Giba Marson, do PV, a briga de galo é perversa e condena animais indefesos ao sofrimento e à morte. Eles consideram a prática crime ambiental: a Lei 9.605/1998 prevê, no artigo 32, pena de três meses a um ano de detenção para quem praticar ato de abuso, maus-tratos ou ferir animais silvestres, domésticos ou domesticados.

O líder do PV no Parlamento paulista, Ricardo Castilho, explicou que o projeto apresentado pelo deputado baiano causou grande indignação entre a bancada verde. "Apelamos aos presidentes da Câmara e do Senado para que, utilizando os meios regimentais próprios, não permitam a tramitação e a aprovação deste projeto de lei, que é um exemplo de atividade execrável num espetáculo macabro".

Ele também lembrou que a sociedade contemporânea não tolera violência e defende a preservação e a proteção de todas as formas de vida. "A Declaração Universal dos Direitos dos Animais, promulgada em 1978 pela Unesco, já condenava a briga de galo e não é possível que nos dias atuais essa prática impiedosa e vergonhosa possa ir a plenário para discussão e votação", desabafou Castilho.

alesp