Da assessoria da Liderança do Partido VerdeOs deputados da bancada do Partido Verde na Assembléia Legislativa de São Paulo enviaram moção aos presidentes da Câmara Federal, João Paulo Cunha, e do Senado, José Sarney, apelando para que não seja aprovado o Projeto de Lei 4.340/2004, que propõe a legalização da prática da briga de galos. O autor do projeto é o deputado Fernando de Fabinho (PFL/BA).Para os deputados Ricardo Castilho, Padre Afonso Lobato e Giba Marson, do PV, a briga de galo é perversa e condena animais indefesos ao sofrimento e à morte. Eles consideram a prática crime ambiental: a Lei 9.605/1998 prevê, no artigo 32, pena de três meses a um ano de detenção para quem praticar ato de abuso, maus-tratos ou ferir animais silvestres, domésticos ou domesticados.O líder do PV no Parlamento paulista, Ricardo Castilho, explicou que o projeto apresentado pelo deputado baiano causou grande indignação entre a bancada verde. "Apelamos aos presidentes da Câmara e do Senado para que, utilizando os meios regimentais próprios, não permitam a tramitação e a aprovação deste projeto de lei, que é um exemplo de atividade execrável num espetáculo macabro". Ele também lembrou que a sociedade contemporânea não tolera violência e defende a preservação e a proteção de todas as formas de vida. "A Declaração Universal dos Direitos dos Animais, promulgada em 1978 pela Unesco, já condenava a briga de galo e não é possível que nos dias atuais essa prática impiedosa e vergonhosa possa ir a plenário para discussão e votação", desabafou Castilho.