Ao redescobrir a aquarela, técnica cada vez mais rara, como a única capaz de se afinar até a imaterialidade de tons leves e luminosos, Marilu F. Queiroz consegue transformar a realidade em elegíaca e evolui, através de filtros sutis em direção da fábula. A cor de suas aquarelas é um fato pessoal, que dela fez a base de sua pesquisa. A capacidade com a qual se exprime através das cores, a transparência e a luminosidade do seu branco, o sentido de espaço que consegue dar com essas cores em todas as suas tonalidades constituem uma particularidade de sua pintura. Especializando-se em pintar com essa técnica, à qual consagra quase que inteiramente a própria atividade, consegue alcançar resultados expressivos e cromatismos excelentes, destinados a conquistar-lhe uma fama meritória. Marilu F. Queiroz nos apresenta visões de paisagens conhecidas, longínquas ou imaginadas, mas todas se nos aparecem submersas na mesma atmosfera, envolvidas no mesmo ar imóvel, semelhantes a pequenas explosões. As obras "Sensações interiores I" e "Sensações Interiores II", doadas ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, nos fazem esquecer que a artista as pintou em lugares os mais variados; mas nos fazem pensar em diversos aspectos de um único local, situado em lugar ideal e pertencente não tanto à geografia, mas à fantasia e ao sentimento. Elas constituem momentos da alma ou da memória, mais do que imagens da realidade. A Artista Marilu F. Queiroz, pseudônimo artístico de Marilu Reinaldi Fernandes Queiroz, nasceu em São Paulo em 1953. Formou-se com Licenciatura Plena em Educação Artística e habilitação em Artes Plásticas pela Fundação Armando Álvares Penteado. É pós-graduada em Artes Plásticas, pintura em aquarela pela Faculdade Santa Marcelina e Mestre em Educação, Artes e História da Cultura pela Universidade Mackenzie. Realizou ainda cursos de desenho, pintura e ilustração para Designers na Fundação Armando Álvares Penteado e pertence também ao núcleo de aquarelistas da Faculdade Santa Marcelina. Participou de diversas exposições individuais e coletivas, destacando-se entre elas: "Novo Milênio", Reflexões de Arte no Centro Cultural Brasital, São Roque, SP (1999); "Treze Olhares", Espaço Cultural Eugene Vilien FASM, SP (2000 e 2001); "Águas de Março", Teatro Municipal de Barueri; "Um olhar contemporâneo sobre arte A Hebraica", Galeria de Arte; "Aquarela e o Direito Autoral nas Artes Plásticas", Espaço Cultural João Calvino, Mackenzie, SP; "Linguagens", Centro de Convenções Almenat, Embu, SP (2001); VI Mostra de Aquarelas, Fundação das Artes de São Caetano do Sul, SP; "A Paisagem: da natureza ao urbano", Museu Antonio Parreras, Niterói, RJ; "Mancha Cor", Espaço Cultural Prodam, SP; V Bienal Internacional de La Acuarela, Museu Nacional de La Acuarela, México; "Manchas Poéticas", Espaço Cultural Unimep, Piracicaba, SP (2002); "Férias na Fazenda", Casa da fazenda do Morumbi; "Mancha Cor", Espaço Cultural Santa Catarina, SP; "Arte na Universidade", Espaço Cultural João Calvino, SP; I Quadrienal Internacional de Aquarelas, FASM, SP; IV Salão de Aquarela de Barueri, (I prêmio) SP (2003). Possui obras em diversas coleções particulares e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.