Seminário debate a violência contra a mulher na busca de soluções

Muitas das mulheres agredidas continuam vivendo com o agressor por limitação financeira
23/11/2011 19:51

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 <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/11-2011/SeminaViolenciacontraMulher23nov11Mauri.JPG' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Seminário Mulher, Sociedade e Violência<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/11-2011/SeminaViolenciacontraMulher23nov11MauriAnaPerugini.JPG' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Em comemoração ao Dia Internacional da Não Violência Contra as Mulheres, realizou-se nesta quarta-feira, 23/11, o seminário Mulher, Sociedade e Violência. No evento foi discutida a atual situação das mulheres vítimas de violência e medidas para combater esse crime. O seminário, conduzido pela deputada Ana Perugini (PT), teve a presença de Matilde Ribeiro, ex-ministra da Igualdade Racial, de Muna Zeyn, do Conselho Estadual da Condição Feminina de São Paulo, e do deputado Ulysses Tassinari (PV).

Ana Perugini (PT) deu início à palestra dizendo que "as mulheres precisam se unir para fortalecer o grito contra a violência". Ela afirmou que 27% das mulheres que sofrem violência doméstica continuam morando com o agressor, pois acreditam que não conseguem se manter financeiramente. Além disso, ressaltou que a mulher é vista como objeto de consumo e que a grande mídia contribui para isso.

Matilde Ribeiro defendeu a valorização das casas-abrigo regionalizadas, para retirar a mulher do lugar de risco para que ela possa se restabelecer. Matilde argumentou que a violência de gênero não é exclusiva de determinada classe social, questionou a falta de profissionais capacitados e defendeu a importância da lei Maria da Penha: "Essa lei não surgiu à toa, é uma das poucas que se refere a alguém ainda vivo e responde a uma questão histórica no país".

O deputado Ulysses Tassinari disse que "é bom ver as mulheres, atualmente, ocupando cargos de importância na sociedade", disse. O parlamentar acredita que a força das mulheres está especialmente em sua feminilidade e docilidade.

A integrante do Conselho Estadual da Condição Feminina de São Paulo, Muna Zeyn, informou que a cada quatro minutos uma mulher é vítima de algum tipo de abuso no transporte público de São Paulo. "Não podemos aceitar essa situação, pois o maior manto da violência é o silêncio, quem cala é tão autor da violência quanto o praticante".

alesp