Anúncio de novo cartório de imóveis é comemorado em São José dos Campos


23/02/2001 15:50

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O mercado imobiliário de São José recebeu com alegria a notícia da criação do 2.º Cartório de Registro de Imóveis da cidade. O anúncio foi feito na semana passada pelo deputado Carlinhos Almeida (PT), depois de reunião que teve com o corregedor geral de justiça do Estado de São Paulo, o desembargador Luís de Macedo. A criação do novo cartório de imóveis foi objeto de indicação do deputado Carlinhos apresentada na Assembléia Legislativa em 1999.

"O pedido que fizemos para a criação do segundo cartório de imóveis nasceu da reivindicação de várias entidades empresariais e profissionais, como a ACI, a OAB e os corretores de imóveis, que hoje sofrem com a existência de um único cartório para uma mancha urbana tão grande como a de São José", explica o deputado Carlinhos Almeida.

Segundo Valdir Donizete Jacomini, advogado e conselheiro do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis (CRECI), esta era uma antiga reivindicação do setor. "Todas as imobiliárias sempre defenderam a idéia de mais um cartório de imóveis". Alfredo de Freitas, presidente da Associação das Imobiliárias do Vale do Paraíba (ASSEIVAP), concorda com Jacomini: "O meu avô, que já atuava no ramo imobiliário, defendeu fortemente no seu tempo a criação de mais um cartório". Para Freitas, não só o profissional do mercado mas também a população tem a ganhar. "Qualquer cidade com 500 ou 600 mil habitantes teria dificuldades com apenas um cartório imóveis."

Corretor de imóveis há 20 anos em São José, Antonio Dutra da Cruz conta que desde quando começou no ramo viu a cidade ganhar uma enorme quantidade de novos imóveis. "Se considerarmos só os edifícios construídos no período já dá um número impressionante", testemunha Dutra, que espera ter seu trabalho facilitado com o novo Cartório. Acredita-se que a distribuição em dois cartórios dos registros até agora acumulados em apenas um, reduza os prazos dos serviços, que hoje chega a causar prejuízos como o bloqueio de financiamentos da Caixa Econômica Federal por até 30 trinta após a transação comercial, enquanto aguarda a efetivação do registro do imóvel negociado. "Ás vezes sobra para o corretor, pois o cliente pensa que nós é que estamos prendendo o dinheiro", explica Dutra.

A localização do atual cartório na região Sul da cidade também é apontado como uma dificuldade. ?Facilita para quem está mais próximo daquela região, mas por ser o único cartório de imóveis na cidade, acaba por dificultar o acesso das outras regiões?, observa Jacomini. O problema da localização afeta especialmente os usuários que dependem de ônibus, como ocorre todo ano quando aposentados de baixa renda têm de provar a propriedade e apenas um imóvel para obter isenção do IPTU, o que deve ser feito com uma certidão do Cartório de Registro de Imóveis.

(Mais informações, ligue para o gabinete do deputado Carlinhos Almeida - 3886-6741/6759)

alesp