Da assessoria do deputado Sebastião AlmeidaMesmo com a decisão da Comissão de Saúde e Higiene da Assembléia Legislativa de rejeitar o pedido de audiência pública com o secretário de Saúde, Luís Roberto Barradas, a pressão em cima do governo do Estado, para impedir que hospitais sejam fechados em Guarulhos, vai continuar. É o que garante o deputado Sebastião Almeida (PT), autor do requerimento de convocação de audiência pública junto à comissão.Os deputados da base governista votaram contra o requerimento, alegando que o secretário Barradas esteve em uma reunião da Comissão de Saúde e Higiene há duas semanas e que, na ocasião, falou sobre o problema pelo qual passa Guarulhos. "Naquela visita, o secretário apenas tocou no assunto da saúde de Guarulhos e não foi dada a palavra para nenhum dos representantes da comunidade que estiveram presentes, como o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Padre Berardo. A audiência pública serviria para debater a questão com a sociedade. Quando veio aqui, o próprio secretário admitiu que o problema é sério e que conversar com as entidades era necessário. Não entendo por que a comissão rejeitou a convocação", afirma Almeida.A Comissão aprovou apenas que o secretário faça os esclarecimentos por escrito. Ele tem que explicar por que o governo do Estado diminuiu o número de leitos no Hospital Geral do CECAP e por que quer fechar o Pronto Socorro do Hospital Padre Bento. O parlamentar lamentou que a Assembléia não esteja cumprindo o seu papel fiscalizador e de representante dos interesses da população."Numa ação cortês, já não 'convocamos' secretários para prestar esclarecimentos, e sim os 'convidamos'. Agora, estamos indo mais longe. Estamos pedindo que esses esclarecimentos venham por escrito. E o diálogo com a sociedade, onde fica? Dessa forma, estamos dando um passo para trás na democracia."O deputado vai tentar, agora, conseguir que o secretário Barradas receba o Conselho Municipal de Saúde de Guarulhos em seu próprio gabinete, para discutir a situação do município. "Vamos continuar lutando. Não se pode tratar a saúde da segunda maior cidade do Estado com tanto menosprezo", justifica. salmeida@al.sp.gov.br