Museu de Arte - Os eternos símbolos do Natal

Os eternos símbolos do Natal: presépio, árvore de Natal e Missa do Galo
22/12/2011 08:00

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Clique para ver a imagem " alt=""A Sagrada Família", escultura de Ida Zami doada ao Museu de Arte do Parlamento (2010) Clique para ver a imagem "> Clique para ver a imagem " alt=""Presépio de 1498", pintura de Pietro Perudino, obra localizada no Colleggio del Cambio na cidade de Perugia, Itália Clique para ver a imagem "> Árvore de Natal estilizada localizada no Parque do Ibirapuera (foto de Vera Massaro)<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/12-2011/arvorenatalVeraMassarorrrr.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Clique para ver a imagem " alt=""José, Maria e o Menino Jesus", escultura de Inarassam/2006 Clique para ver a imagem "> Clique para ver a imagem " alt=""Pinus Heliotis", árvore símbolo das festas natalinas Clique para ver a imagem ">

O presépio, a árvore de Natal e a Missa do Galo constituem elementos básicos das tradições natalinas, hoje adotados em todas as partes do mundo, independentemente da profissão religiosa dos diversos povos.

Embora os primeiros registros da celebração do Natal tivessem origem na Turquia, em meados do século 2, após uma pormenorizada investigação levada a efeito nos anos 350, foi o Papa Júlio I que proclamou 25 de dezembro como data oficial do Natal, transformada em feriado nacional pelo imperador Justiniano em 529.

Posteriormente, o período das festas natalinas foi ampliado até a Epifania, ou seja, de 25 de dezembro a 6 de janeiro, que passou a ser chamado Dia dos Reis Magos.

O presépio, segundo a tradição católica, foi uma criação de São Francisco de Assis, no século 13. Desejando celebrar o Natal dentro do maior realismo possível, Francisco obteve do papa autorização para montar um presépio numa cocheira e instalar sobre a palha de uma manjedoura a imagem do menino Jesus, com um boi e um jumento vivos ao seu lado. Foi nesse ambiente que o santo celebrou a sua missa de Natal em 1223.

Quanto à árvore de Natal, sua tradição remonta ao terceiro milênio antes do nascimento de Jesus Cristo. Naquela época, vários povos praticavam cultos às árvores, por considerá-las representativas da energia e da fertilidade da mãe-natureza.

Vale lembrar que, com a chegada do inverno, as folhas da maioria das árvores caíam. De modo especial, o carvalho, considerado a árvore modelo. Os povos da época que acreditavam na fuga do espírito da natureza tinham o costume de enfeitá-las como forma de atração.

Dados históricos testemunham que, a partir do século 16, surgiu na antiga Alemanha o uso da árvore de Natal como o conhecemos em nossos dias. Entretanto, essa tradição se espalhou pelo mundo afora somente a partir do século 19. Desde então, a árvore escolhida passou a ser o pinheiro, que conserva o mesmo verde e formosura durante as quatro estações.

Por outro lado, a missa que se costuma celebrar anualmente na passagem do dia 24 para 25 de dezembro passou a ser mais conhecida como Missa do Galo. Segundo a lenda, essa denominação deve-se ao fato de que essa ave teria sido a primeira a presenciar o nascimento do menino Jesus e, com seu gorjeio, anunciar o feliz evento.

A primeira notícia que se tem da realização dessa missa foi no século 4. Ela foi transformada numa celebração festiva a partir da Idade Média. Vale salientar que, até os primórdios do século 20, o nascimento do Messias era anunciado tradicionalmente à meia-noite com um repicar de sinos e a simulação do canto de um galo.

No Brasil, os primeiros colonizadores portugueses trouxeram-nos as tradições natalinas européias que tiveram tanto no primeiro quanto no segundo Império a mais ampla adoção.

alesp