Estância Balneária de Ilhabela é a maior ilha marítima brasileira


11/07/2008 16:31

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Praia Saco da Capela<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/07-2008/praia_sacodacapela_pic.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Praia Jabaquara <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/07-2008/Praia Jabaquara 2 - Ilhabela.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Detalhe da Praia Jabaquara <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/07-2008/Praia Jabaquara - Ilhabela.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Ilhabela, a maior ilha marítima brasileira, é um dos pontos turísticos mais visitados do litoral norte paulista, mas, ainda assim, oculta praias desertas e comunidades de pescadores isoladas.

Vizinha da cidade de São Sebastião, a ilha tem 43 praias. As voltadas para o canal, no mar de dentro, têm águas mansas, enquanto as oceânicas apresentam muitas ondas. Não bastasse, possui em seus território mais de 300 cachoeiras e 14 montanhas, com altitudes que variam de 600 a 1.300 metros. Todo esse patrimônio está praticamente intacto, entre os dois maiores centros urbanos do país: São Paulo e Rio de Janeiro.

Ilhabela, na verdade, é o nome popular da Ilha de São Sebastião, que faz parte do arquipélago do mesmo nome, composto por nove ilhas, algumas ilhotas e as lajes da Garoupa e do Carvão. Como 85% dos seus 346 quilômetros quadrados são protegidos por um parque ecológico tombado, a ilha possui hoje um dos mais bem preservados bolsões de Mata Atlântica de São Paulo. Entre muitas espécies, suas florestas abrigam até um animal que só existe lá, o cururuá. Trata-se de um roedor arbóreo, peludo e cheio de espinhos, que canta para se comunicar com seus companheiros.



Rica em história



Descoberta por Américo Vespúcio em 1502, a ilha viveu durante a colonização portuguesa ciclos de produção de café e cana-de-açúcar. Alguns dos engenhos de açúcar e cachaça ainda testemunham a arquitetura colonial daquela época, que também registrou a presença de muitos piratas.

A Baía de Castelhanos e o Saco do Sombrio serviram durante os séculos 16 e 17 como esconderijo para navios corsários e contrabandistas de escravos. Um deles, o inglês Thomas Cavendish, fez fama no Brasil ao incendiar e saquear a cidade de Santos, em 1592. Segundo uma versão do história, ele acabou enforcado na ilha por seus próprios marujos, que se amotinaram e não foram mais embora dali. Há quem diga que os caiçaras de olhos azuis, até hoje habitantes de Ilhabela, seriam todos descendentes dos piratas rebeldes.

Os muitos naufrágios fazem da ilha um festejado ponto de mergulho. Há mais de 50 navios submersos, o mais famoso dos quais é o transatlântico Príncipe de Astúrias, que afundou durante uma noite de tempestade.



Turismo de aventura



A natureza de llhabela favorece quem gosta de aventura: São muitas as trilhas boas para o mountain-bike ou para um passeio a cavalo, há várias praias ótimas para o surf, pontos para escalada e rapel, além de excelentes parcéis para a pesca esportiva.

Para quem chega de barco em Ilhabela, há excelentes acomodações próximas às marinas. Existem também alguns campings perto da praia, que oferecem ótima infra-estrutura. Importante: em Ilhabela é proibido acampar nas praias.

Para chegar a Ihabela, vindo de São Paulo, existem dois acessos principais. O primeiro, mais conhecido, começa pela Via Dutra, ou pela Rodovia dos Trabalhadores, e se dirige até São José dos Campos. Dali, a descida até o litoral norte se dá pela Rodovia dos Tamoios. Ao descer a Serra do Mar e passar por Caraguatatuba, basta seguir até São Sebastião e atravessar de balsa até Ilhabela.

A outra opção é pelo Litoral Sul, descendo até Santos ou Bertioga pela Rodovia Anchieta ou Imigrantes, pegando como alternativa a estrada que liga Mogi a Bertioga. Dali é só seguir pela Rio-Santos até Ilhabela. São 220 km,ou seja, mais ou menos duas horas e meia de viagem.

Para quem vem do Rio de Janeiro, a estrada também é a Rio Santos, passando pelas cidades de Angra dos Reis, Paraty, Ubatuba, Caraguatatuba, e São Sebastião. Pela via Dutra pode-se descer para o litoral pela estrada que liga Taubaté à Ubatuba e seguir rumo a São Sebastião, ou vir pela Rodovia dos Tamoios, a partir de São José dos Campos, descendo a Serra de Caraguatatuba.

alesp