Museu de Arte - Magda Bugelli transmite à paisagem urbana harmonia de sentimentos e lirismo reflexivo


17/04/2009 14:54

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Magda Bugielli<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/04-2009/Magdaartista.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Portal<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/04-2009/magdabugelliportal.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Azul<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/04-2009/magdabugelliazul.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Sensível e meditativa, sociável e solitária, a artista Magda Bugelli busca sua inspiração na natureza e no clima urbano que a envolve, disciplinando com clareza a pincelada e alcançando, através de uma pintura delicada e sublime, resultados originais que acentuam o seu completo domínio dos meios e seu gosto preciso.

Graças a essa carga de lirismo e de comedida poesia consegue infundir em suas obras uma luminosidade rica da intimidade de seu mundo interior

A paisagem de Magda Bugelli é emblemática. Repropõe a cidade como protagonista de uma história filtrada, nua, atraída até mesmo na sua conceitualidade, alienada dos fatos que nela podem acontecer.

Trata-se de uma cidade que é real e ao mesmo tempo sonhada, onde as vozes de seus habitantes, que a invadem, reassumem com sua passagem tantas lendas esquecidas e cada vez renovadas.

A artista trabalha a matéria como uma gravadora elabora sobre a placa de metal, como um escultor molda o barro. Define relevos e cavidades, delineia veios, ramificações, bulbos, nós. Calcula dilatações e absorções. Certas obras apresentam retalhos da vida urbana, onde personagens aparecem discretamente através da neblina da memória, e constituem alveares visuais com envolvimentos poéticos sob o seu pincel.

A eficácia expressiva de tal pintura, resultado da pincelada, da luminosidade difundida e da ausência de qualquer retórica, coloca a artista entre fantasia e realidade, num mundo onde se movimenta com absoluta desenvoltura, entre uma harmonia de sentimentos e um lirismo reflexivo.

Mesmo com origens fantásticas, as obras "Portal" e "Composição azul", doadas ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, realizadas em técnica mista sobre tela, são composições pictóricas não totalmente sensitivas ou casuais, mas fruto de profunda reflexão.



A Artista

Magda Bugelli nasceu em São Paulo no ano de 1935. Formou-se na Escola Panamericana de Arte em 1957. Realizou diversos cursos de arte: pintura acadêmica, com o professor Arauto Queiroz (1957); impressionismo, com o professor Rubenza (1980); retratismo, com o professor Ampara Martinez; teoria da arte, com o professor Rios (1987); técnica mista, com o professor Di Castro (1990); a cor do som, com a professora Ruth Daher (1991) arte moderna, com o professor Myasaka (1991).

Desde 1982 pertence a União Nacional de Artes Plásticas

(UNAP). É filiada à Associação Internacional de Artes Plásticas, da Unesco (1983) e à Associação Paulista de Belas Artes (1997) e foi catalogada no Anuário Internacional das Artes, Paris.

Entre as diversas exposições individuais e coletivas, participou do I Salão Nacional de Artes Plásticas Pablo Picasso (1981); do VII Exposição Cultural do Imigrante na Bienal de São Paulo (1983); da Paleta de Ouro de Artes Plásticas (1985); da Bienal do Livro de São Paulo (1990); com a ilustração da capa do livro "Transpondo Barreiras" de Sérgio Boudaquian, e do Salão Bunkyo "100 Anos Brasil-Japão" (1995).

Recebeu inúmeros prêmios, destacando-se entre eles: VII Prêmio Brasil Contemporâneo de Arte (1996); Medalhas de Ouro no IV Salão Nacional de Artes Plásticas (1982); I Salão de Artes Plásticas do Nu (1984) e IV Salão Nacional Flores da Primavera (1986). Possui obras em diversas coleções particulares e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

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