Vice-presidente da Eletropaulo dá explicações sobre apagão do dia 8/2

Segundo Jorge Luis Busato, responsabilidade é da CTEEP, responsável pela subestação Bandeirantes
16/02/2011 19:45

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Jorge Luis Busato e Barros Munhoz<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/02-2011/EletropauloApagaoZED3.JPG' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Jorge Luis Busato, vice-presidente da AES Eletropaulo, responsável pela distribuição de energia elétrica na capital, Grande São Paulo e parte do interior paulista, disse aos deputados nesta quarta-feira, 16/2, que a causa do apagão ocorrido no último dia 8 foi a falha em transformadores da subestação Bandeirantes, administrada pela Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP). Busato afirmou que as duas falhas ocorridas na transmissão da energia à Eletropaulo causaram a interrupção da distribuição a cerca de 1 milhão de consumidores.

A primeira interrupção, que chegou a 28 minutos, atingiu cerca de 650 mil clientes, e a segunda interrupção, que chegou a 10 minutos, atingiu 350 mil consumidores, explicou Busato. Entre as medidas que devem ser tomadas para evitar novos apagões, Busato destacou o término da subestação de transmissão Piratininga pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), previsto para fevereiro de 2012, e a continuação dos investimentos em modernização da rede.

Busato e membros da diretoria da AES Eletropaulo vieram à Assembleia Legislativa prestar esclarecimentos a pedido da Casa.



Blecaute na capital foi falha na transmissão, diz Busato



A interrupção no fornecimento de energia na capital, no último dia 8/2, que atingiu cerca de 1 milhão de consumidores, foi causada por falha na transmissão de energia, disse Jorge Luís Busato, vice-presidente da AES Eletropaulo, em resposta a questionamentos dos deputados. A queda da transmissão na subestação Bandeirantes, a cargo da CTEEP, foi o que gerou a interrupção da distribuição, de responsabilidade da Eletropaulo.

Busato fez uma apresentação pelo painel do plenário JK, em que informou que a Eletropaulo investiu, em 2010, R$ 40 milhões em manutenção da rede de distribuição de energia das áreas que a empresa atende. Entre as ações, estão aumento da poda de árvores, contratação de eletricistas, aumento de 40% dos profissionais de atendimento de emergências, automação da rede e readequação dos sistemas de proteção. Com isso, segundo Busato, houve redução de 20% no tempo de duração das interrupções.



Investimentos



Entre 1998 e 2010, os investimentos da AES Eletropaulo foram de R$ 4,8 bilhões, e estão previstos R$ 3 bilhões para o período de 2011 a 2015, sendo R$ 740 milhões neste ano. Os recursos destinam-se à criação de novas estações de distribuição e modernização das existentes, além de programas de economia de energia, como o que está sendo implantado na Assembleia Legislativa.

No Legislativo, a Eletropaulo vem realizando obras de readequação de sistemas como ar-condicionado e iluminação, arcando com uma despesa de R$ 5,1 milhões. Essas reformas, em compensação, farão com que a Assembleia economize cerca de R$ 600 mil em conta de luz.



Perguntas



João Barbosa (DEM), reclamou do atendimento ao consumidor, terceirizado; José Bittencourt (PDT), indagou das isenções a instituições como igrejas, ONGs e outras de interesse social; Pedro Tobias (PSDB), perguntou qual o faturamento e o lucro apurados pela empresa no período referido para os investimentos; Simão Pedro (PT) propôs que a questão seja discutida no âmbito da Comissão de Serviços e Obras Públicas; e Marcos Martins (PT), que foi o deputado que sugeriu que se ouvisse a Eletropaulo, perguntou sobre a poda de árvores.

O vice-presidente da Eletropaulo respondeu que, quanto ao atendimento ao público, a empresa tem se esforçado para prestar bons serviços de atendimento à população, e que as ocorrências de interrupção de fornecimento tiveram redução em relação a anos passados. Quanto a isenções e descontos a igrejas e outras entidades, disse que a regulação do setor de energia dá pouca margem a ações filantrópicas, o que tem feito com que a Eletropaulo dirija suas ações sociais a projetos educativos. Em relação ao faturamento, respondeu que, tratando-se de empresa de capital aberto, dados sobre seu movimento financeiro são públicos, e podem ser remetidos à Casa, se houver interesse. Sobre a redução das podas de árvores, Busato informou que o número realizado no ano de 2010 reduziu sensivelmente os casos de queda de fornecimento com esse motivo, o que redirecionou os recursos para esse fim para outras necessidades.

alesp