Encontro na Câmara

Mauro Alves da Silva, do Fórum Municipal de Educação de São Paulo, convidou a todos para o seminário que vai acontecer no dia 8/4, na Câmara Municipal, e debaterá a extinção da Febem e a Educação Especial na cidade e no Estado de São Paulo. O encontro, segundo ele, vai discutir também a adaptação dos prédios públicos para deficientes e os direitos constantes do Estatuto da Criança e do Adolescente.

Iamspe

Sylvio Micelli, servidor público do Judiciário, integrante da Comissão Consultiva do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe), que representa mais de 80 entidades do funcionalismo do Estado, disse que os R$ 350 milhões destinados ao instituto são insuficientes para atender 1 milhão de servidores públicos. Ele afirmou que 2% dos salários dos servidores vão para o Iamspe, e que a principal luta da entidade durante duas décadas é para que o Governo do Estado também contribua com 2%, para a melhora do atendimento médico dos servidores. Micelli pediu respeito à saúde do servidor.

"Nada vai mudar"

Maria Lima Mattos, presidente da ONG Segurança para Todos, voltou a atacar Geraldo Alckmin, dizendo que, mesmo com a sua saída, este continuará sendo o o seu governo. "Não mudou nada e nada vai mudar até o final do ano", disse. Para ela, Alckmin não sabe contar cadáveres, mas sabe demitir policiais, como fez com 2.700 deles. "Que demita os corruptos, mas que não viole os direitos individuais", afirmou. A delegada aposentada disse ainda que os salários dos delegados de polícia no Estado de São Paulo são os mais baixos do país, situando-se em 27º lugar. "Esse homem disse que a vítima é que não presta. Ele não respeita o homem", completou.

TV mentirosa

Silvio Luiz Del Giudice, líder dos trabalhadores da construção civil, disse que é impressionante que, depois de 40 programas, as redes de televisão continuem mentindo para a população. "Os governos do PSDB e do PFL não são corruptos e promovem um ótimo atendimento na saúde e na educação", ironizou. Para ele, Del Giudice, Kassab e Lembo juntos não conseguiriam nem 3% dos votos da população e agora são prefeito e governador. Ele disse: "Estou aqui há dois anos acusando o governador Alckmin de crimes de prevaricação. Ele protege os secretários e dá privilégios aos amigos". O líder da construção civil afirmou também que "a contabilidade no Brasil é feita de qualquer forma, todo mundo faz caixa dois, mas ainda vamos conseguir derrotar os bandidos, os criminosos e os medíocres".

Construtores de São Paulo

José Leonilson de Queiroz Almeida, da Associação Negros do Sol, solicitou a colaboração de todos para arrecadar fundos para a construção de um espaço cultural para a comunidade negra de Engenheiro Marsilac. Referindo-se ao "culto aos opressores do povo", homenageados na Câmara Municipal de São Paulo, afirmou que "os verdadeiros construtores de São Paulo são os negros e os índios", afirmou.

Fantasmas

Ao assumir a tribuna, Cremilda Estella Teixeira, do Núcleo de Apoio a Pais e Alunos (NAPA), declarou: "Hoje vou falar só de fantasmas". Em seguida, citou dados do último censo escolar do IBGE, que apontou a existência de grande número de alunos fantasmas na rede pública de ensino do Estado de São Paulo. Afirmou que a listagem nas escolas é completa, com nome, endereço e telefone dos alunos. Eles não são fantasmas, alerta. "Os professores fingem desconhecer a situação enquanto diretores de escolas recebem mais verbas". Cremilda criticou a política do governo, afirmando que este "alimenta mais corrupção".

Mudança de conduta

Layder Rojek, da Associação Terceiro Milênio da Cratera Vargem Grande, questionou o orçamento participativo no Estado, convidando autoridades e líderes da sociedade civil a tomarem medidas visando o bem-estar da comunidade. Segundo ele, as autoridades do Estado de São Paulo "só procuram a fama, querem destacar-se sem produzir o que o povo precisa". Destacou ainda a necessidade de maior atenção para a região de Parelheiros e área de mananciais da Grande São Paulo.

"Teatro de julgamento"

José Roberto Alves da Silva, do Movimento Comunidade de Olho na Escola Pública, participou da Assembléia Popular lendo manifesto de sua autoria em que alinhava as razões pelas quais o povo brasileiro não confia em seus governantes e instituições. Declarou que o Estado brasileiro demonstra que não confia no cidadão, "a justiça é um teatro de julgamento", afirmou. Depois de apontar a falência das instituições no panfleto intitulado O Bobo da Corte, José Roberto ressaltou que é necessário estabelecer uma "relação de recíproca confiança.

Julgamento rápido para professores

O jovem Anderson Cruz, do Instituto Educação São Paulo, pediu mais rapidez no julgamento de processos administrativos envolvendo professores que ofendem os estudantes da rede pública. "Já existe o Via Rápida para o julgamento dos policias. Queremos que o julgamento dos professores também seja rápido", pediu, lembrando o caso de um professor que chamou um aluno de bicha e até hoje não foi punido.

Secretarias desarticuladas

"Esperamos que o novo prefeito não siga as pegadas do ex-prefeito José Serra no que diz respeito aos moradores de rua", ponderou o presidente do Movimento pelos Direitos da População em Situação de Rua, Robson Mendonça. Segundo ele, não existe uma articulação entre as secretarias da prefeitura que cuidam da área social. Ele aproveitou para denunciar o espancamento de uma adolescente, grávida, por homens da Guarda Civil Metropolitana na semana passada.

Planos de carreira

A representante do Sindicato dos Peritos Criminais do Estado de São Paulo, Maria Márcia Kesselring, solicitou que o novo governador cumpra as promessas de reestruturação das carreiras policiais feitas à classe em 2001. "Precisamos de planos de carreira para as polícias Civil, Militar e Técnica e Científica e para os deficientes físicos. Gostaríamos que o governador nos recebesse para conversar sobre isso. Todos estamos abertos ao diálogo."

CPIs

Para o cidadão Éverton Soares, os deputados estaduais paulistas precisam "desengavetar as 69 CPIs que esperam aprovação". Soares argumenta que há muito para ser investigado em São Paulo " os vestidos da primeira-dama, os 400 fornos que desapareceram, os contratos de comunicação da Nossa Caixa " e advertiu para "o mal que poderá ser o prefeito José Serra no Governo do Estado".

Restrições

Para Marcelo Francisco Vilas, do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, as pessoas portadoras de deficiência ainda sofrem restrições devido à falta de respeito a seus direitos. "Vários equipamentos sociais, como locais de lazer e esporte, ainda carecem de acessibilidade, o que limita as opções de atividades para as pessoas portadoras de deficiência", disse. Marcelo disse que é necessário fazer a revisão de algumas leis para que o alcance delas seja estendido a todos os tipos de deficiência. Ele pediu que fosse dada isenção tributária para o portador de deficiência na compra de computadores.

Candidatura

Com críticas ao prefeito Kassab e aos deputados do PFL que concordaram com a dissolução do diretório do partido em Carapicuíba, Roberto dos Santos Aragão, do PFL daquele município, reiterou seu desejo de manter sua pré-candidatura ao governo estadual. "Não vou ceder a pressões, mantenho minha pré-candidatura. É o partido que deve decidir, em sua convenção, quem é seu candidato, e não uma cúpula burguesa", reiterou.

Solidário

Carlos Alberto dos Santos, da Associação dos Funcionários Públicos de Carapicuíba, se disse solidário a Roberto dos Santos Aragão em seu desejo de concorrer às prévias do PFL. Carlos criticou também o PSDB, que, segundo ele, "não é tucano, mas pavão, pois só tem pluma".

Ladrão de galinha

"A corrupção está por toda parte, pois aqui só é preso ladrão de galinha. O povo reclama dos políticos, mas a culpa é dele mesmo, pois não soube votar", afirmou José Carlos da Silva, morador da Vila São Remo. Silva criticou também o secretário estadual da Saúde por não atender à população.