Sob a presidência da deputada Célia Leão (PSDB), e com a presença do 2º secretário da Assembleia, Aldo Demarchi (DEM), e dos deputados Maria Lúcia Prandi (PT), Carlos Giannazi (PSOL) e Pedro Bigardi (PCdoB), a sessão solene de posse dos parlamentares jovens de 2009 aconteceu nesta sexta-feira, 6/11, na Assembleia Legislativa. A edição deste ano contemplou alunos do ensino médio. A presidente dirigiu-se aos jovens deputados lembrando a importância do parlamento paulista na América Latina: "são quase 41 milhões de pessoas representadas por 94 deputados". Para ela o espaço da Assembleia é sediado "em solo sagrado, devido a sua representatividade", e os jovens deputados incorporaram aqui a grandeza da vida pública. Célia Leão destacou também o pioneirismo da Assembleia paulista em dois momentos: o próprio Parlamento Jovem, que recentemente foi levado à Câmara dos Deputados, através de projeto do deputado federal Lobbe Neto (PSDB/SP), e a adaptação à acessibilidade. Convencida de que os deputados compõem um corpo, a deputada destacou o apoio técnico dos funcionários como a alma dos eventos que acontecem na Assembleia de São Paulo, homenageando-os na pessoa da servidora Sonia Hernandez, que atua na coordenação do Parlamento Jovem. Compromisso de posse A posse dos deputados foi seguida da leitura do compromisso solene, feita pelo deputado jovem Herman Silva dos Passos. César Callegari, presidente do Conselho Federal de Educação, também foi um dos autores da propositura que instituiu o Parlamento Jovem Paulista, em 1999, e salientou a sua emoção: "Há 11 anos a Assembleia assumiu o papel de formar uma nova geração de líderes políticos e já tem encontrado jovens líderes que começaram aqui". Considerando que o Brasil vive um momento de esperança maior, Callegari afirmou que o país só vai crescer se investir nas pessoas, e que este é o momento da educação, que contribui para o exercício intenso da cidadania. Lamentou ainda que muitas escolas ainda não incluíram o Parlamento jovem em sua programação. Pedro Bigardi disse aos jovens :"Vocês estão entrando na política em um bom momento", ao lembrar que ele mesmo iniciou sua carreira na época em que se discutia a anistia política, em 1979, quando "o Brasil respirava o desejo da democracia". Maria Lúcia Prandi ressaltou que o fato de diferentes partidos políticos estarem representados na mesa que presidiu os trabalhos é, por si só, o exemplo do exercício democrático, pois a democracia pressupõe o respeito à diversidade. Prandi, dizendo que "cidadania se constroi e democracia se aprende", lamentou que ainda estejamos longe da democracia social. "Apesar dos avanços, ainda temos muito a fazer em relação à desigualdade social e regional", afirmou. A deputada expressou também sua satisfação pelo fato de haver 47 mulheres entre os deputados jovens, o que reflete, segundo ela, que a juventude tem uma preocupação com a questão de gênero. Referindo-se aos jovens como "protagonistas do futuro", ela ainda lembrou que a política é espaço a ser dividido por aqueles que têm preocupação com o coletivo.