O deputado Carlos Giannazi (PSOL) esteve dentro do Fórum João Mendes no dia 10/6, durante a ocupação pacífica ocorrida um dia antes e organizada pelos servidores da Justiça - que foram desumanamente forçados a se desmobilizarem e sair por volta das 12h já na sexta-feira por conta da fome imposta pela proibição da entrada de alimentos, ordenada pela presidência do Tribunal de Justiça. Os trabalhadores do judiciário estão paralisados desde o dia 28 de abril e reivindicam um reajuste de 20,16%, além da suspensão do desconto pelos dias parados nos seus vencimentos.

Enquanto esteve com os funcionários dentro do fórum (cerca de 3 horas) Giannazi tentou, a todo tempo e por telefone, negociar diretamente com o presidente do TJ, Antonio Carlos Viana Santos, a liberação da entrada de alimentos, água e remédios, tudo barrado pela Polícia Militar e pela empresa de segurança terceirizada do prédio.

Acompanhado de outros parlamentares, na sequência Giannazi participou de uma tensa reunião com os juízes auxiliares do TJ na qual ele insistiu pelo "gesto de grandeza" do tribunal em liberar a comida. "É contra a dignidade humana o que o Tribunal de Justiça fez com os trabalhadores", argumentou no encontro.

O parlamentar está levando o caso ao Conselho Nacional de Justiça e começa a colher assinaturas para a CPI do Judiciário, proposta por ele para averiguar denúncias referentes a benefícios usufruídos por juízes como "auxílios" diversos, além da malversação do bilionário orçamento do TJ.



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