Dalva Gianello: segurança de metier e interpretação lírica da realidade


29/05/2008 10:16

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a obra<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/05-2008/parquedompedrodalva.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> o artista<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/05-2008/dalvaGianello.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O sentido poético da pintura de Dalva Gianello é avaliado por uma nervosa anotação cromática que explode em acesas pinceladas, feitas para revigorar todo o conjunto da composição.

A preferência dessa artista é pela paisagem, de onde sabe colher significados e atmosferas com descrições pictóricas - especialmente em lugares de sua cidade natal - que transcendem da pura representação para nos convidar em direção a uma delicada poesia sublinhada de espaços e do clima que nela circula.

A sua visão pictórica, decisivamente figurativa, é, porém, impulsionada por uma busca de pureza, de meditadas seleções, dos valores da pesquisa dos fatos poéticos, das emoções suscitadas pela beleza entendida no sentido mais apropriado do termo.

Na imediata evidência de tais imagens se contrapõem evocações paisagísticas que parecem destiladas da memória, na intenção de suscitar emoções longínquas sempre vivas sobre o plano do sentimento. Tais momentos poéticos encontram extrema correspondência no tecido pictórico.

Dotada de sensibilidade em relação à natureza, alheia às problemáticas postas por um cerebralismo complexo, Dalva Gianello olha para a realidade com sincera ternura. Sob o perfil técnico, seus quadros, como a obra Parque Dom Pedro II, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, revelam grande segurança de metier, enquanto a interpretação do tema é chave preferencialmente lírica.



A artista



Dalva Gianello nasceu em Barretos, SP, em 1951. Formou-se em Artes Plásticas na Faculdade de Belas-Artes de São Paulo. Cursou desenho, realizou ilustrações, fotolitos para estamparias e ministrou aulas de pintura a óleo.

Participou de diversas exposições individuais e coletivas, destacando-se, entre elas: I Concurso Nacional de Desenho para Estamparia, Desenho e Colagens, na Escola Contemporânea de Artes (1973); Xilogravura, no Espaço Cultural do Jabaquara (1980); Nanquim e Aquarela, no Espaço Cultural da Faculdade Marcelo Tupinambá (1982); Tapeçaria Artística, no Centro Cultural do Liceu de Artes e Ofícios, SP (1987); Espaço Cultural de Arte Nipo-Brasileiro (1999 e 2000); Osasco Plaza Shopping, SP; Mogi Shopping, Mogi das Cruzes; Espaço Cultural Shopping Alphaville; I Salão Livre de Arte, Centro Independência Sociedade Beneficente Cultural; X Salão de Artes ACM São Paulo; XXIX Salão de Artes Plásticas Bunkyo (2000); I Salão de Pintura Figurativa Contemporânea Museu de Arte Nipo-Brasileiro; VII Salão de Artes Plásticas Tom Jobim, Peruíbe; Espaço Cultural da Secretaria de Indaiatuba, SP (2001); II e III Salão de Pintura Contemporânea Bunkyo e XVI Mostra de Arte na Casa de Apoio, SP (2002/2003).

Possui obras em diversas coleções particulares e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp