Seminário destaca importância de detecção precoce do câncer de mama


12/08/2009 21:37

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Ivo Carelli Filho, presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia Regional <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/08-2009/AUDCANCERMAMAivocarellifilho33ROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Rosa de Lurdes Azevedo dos Santos<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/08-2009/AUDCANCERMAMArosadeLurdesazevedodossantos398ROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> João Carlos Guedes Sampaio Goes<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/08-2009/AUDCANCERMAMAjoaocarlosguedessampaiogoes34ROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Vera Lúcia Fedato Monari, Fausto Figueira e Antonio Moraes Navarro<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/08-2009/AUDCANCERMAMAveraluciafedatomonari.depfausto.antoniomoraesnavarro372ROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Detecção precoce do câncer de mama é tema de seminário<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/08-2009/AUDCANCERMAMAmesa2329ROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>  <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/08-2009/AUDCANCERMAMAPUBLROB_3700.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A importância da detecção precoce do câncer de mama foi assunto da audiência pública realizada nesta terça-feira, 11/8, na Assembleia Legislativa, coordenada pela deputada Beth Sahão (PT) com a presença de vários especialistas no assunto.



Beth Sahão, que busca derrubar veto do governador a projeto de lei de sua autoria que prevê instalação de aparelhos de mamografia em regiões estratégicas do Estado, disse que "quanto menor a cidade, mais difícil se torna a detecção e o combate ao câncer de mama". Problemas com agendamento, deslocamento, perda de dia de trabalho e outras questões acabam por penalizar ainda mais as mulheres que moram longe dos centros de referência nessa área.

Um dos especialistas convidados, Luis Henrique Gebrim, professor titular de ginecologia da Escola Paulista de Medicina da Unifesp, ressaltou que esse tipo de câncer, diferente de outros, não tolera demora no tratamento, pois a evolução da doença é muito rápida. Gebrim afirma que 24 horas após o exame já se teria que saber se se trata de câncer maligno ou benigno. Ele traçou duas etapas fundamentais para acelerar o tratamento: não ter filas no atendimento médico e mamografias de boa qualidade, sejam terceirizadas ou não.



Ivo Carelli Filho, presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia Regional São Paulo, expôs que os médicos vivem situações díspares, pois num mesmo dia atendem pessoas muito carentes e outras muito abastadas, mas que o ideal seria oferecer o mesmo tratamento a ambas, o que nem sempre é possível. Carelli também afirmou a importância em se fazer diagnóstico precoce da doença.

Médico há 36 anos, João Carlos Sampaio Góes disse que na década de 1970 houve grande campanha promovendo o combate ao câncer de colo de útero, difundindo o exame papanicolau e trazendo o controle dessa patologia. Ele defende intensificação da campanha de combate ao câncer da mama e destinação de recursos específicos para isso.

Rosa de Lurdes Azevedo, assistente social e doutora em saúde pública, também ressaltou a importância das campanhas, que deveriam, segundo ela, ser permanentes e não apenas periódicas, como acontece atualmente. Já Vera Lúcia, ex-paciente de câncer e atual presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer no Estado de São Paulo, disse que não adianta ter campanhas e não atender as pessoas de forma adequada.



Fausto Figueira (PT), deputado e médico, concordou com Vera Lúcia. Segundo ele, uma vez detectada a doença, o problema não tem que ser do paciente, mas sim do Estado, caso contrário, "seria uma piora da patologia", afirmou. Figueira destacou que num sistema que esteja funcionando, essas campanhas podem até ser ferramentas importantes. Outra sugestão de Figueira é a padronização das perícias médicas a fim de se evitar abusos, além de deixá-las mais humanizadas. "Tem que se tratar do tumor e da mulher também", finalizou.



O diretor superintendente da Fundação Amaral Carvalho, de Jaú, após afirmar que esse hospital é referência na região, onde atende 350 municípios, relatou que há 13 anos incentiva a criação de grupos de voluntários, o que tem dado bastante resultado, ajudando na detecção e no acompanhamento do tratamento.

O deputado Rui Falcão (PT), no final do evento, manifestou seu descontentamento com o veto do governador Serra ao projeto de Beth Sahão. Para ele, o argumento do Executivo de que não se previu o impacto fiscal no orçamento e de que há vício de iniciativa não se sustenta, pois os parlamentares não têm condições de avaliar esse impacto. OT

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