Regina Villas Bôas: da visão subjetiva do ¨ego¨ àquela indefinível do macrocosmo

Emanuel von Lauenstein Massarani
24/06/2003 15:20

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Obra Mãe, mulher, guerreira<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/guerreira-RVillasBoas240603.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Regina Villas Bôas<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/RVillasBoas-Mguerreira24060.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A obra de Regina Villas Bôas é uma pintura de ação. Ela inicia a pintar quando, localizado o ponto focal, a força de gravitação pode suportar o inteiro peso programático do quadro. Trata-se de uma operação contemporânea ligada a uma inspiração científica e da razão.

A artista - e aqui encontramos a novidade de sua contribuição - mesmo aderindo ao milésimo aos mecanismos vitais de uma pintura que se alarga e se expande de conformidade a afirmação geométrica das coordenadas não renuncia ao fator poético, à iluminada consolação de um projeto - tema que tem o seu insubstituível fascínio pela figura.

Não se trata de conciliar dois modos opostos de pintar - o abstrato e o figurativo - quanto de obter, partindo de um ponto determinado verossímil ou inverossímil, uma acentuação de notas e de cálculos que alcance o som pleno de um espaço preenchido harmoniosamente.

Em substância, Regina Villas Bôas usa o mesmo procedimento dos literatos e dos poetas contemporâneos de vanguarda, que podemos definir como um processo de acrescentar, sem obviamente exagerar no quantitativo.

Trata-se de um aumento de vocação sobre o tema, com amplificações que, espalhando-se na sensibilidade intuitiva, alcançam os espaços fornecidos pela razão e pela lógica. A artista passa atualmente de uma visão de subjetividade do ¨ego¨ àquela indefinível do macrocosmo.

O objeto se transforma em categoria antológica, em personagem revelatório do mistérico. Na obra ¨Mãe, mulher, guerreira¨ , doada ao Acervo Artístico da Assembléia Legislativa e realizada em técnica mista, o personagem principal se transforma em antológico, onde o movimento e cromatismo são revelatórios de excelente equilíbrio.

A Artista

Regina Villas Bôas nasceu em São Paulo em 1968. Sua iniciação nas artes plásticas deu-se há aproximadamente 15 anos. Buscou desde o início uma melhor qualificação nas artes e, após uma interrupção de alguns anos, retornou em 1999 às atividades artísticas. Atualmente dedica grande parte de seu tempo no aperfeiçoamento de sua técnica.

Realizou cursos específicos para seu desenvolvimento, destacando-se: curso de pintura, óleo sobre tela, na Casa e Jardim, e em acrílico sobre tela, com o professor Celso Orsini; concluiu o curso de artes plásticas na Escola Panamericana de Artes e o curso de cerâmica e escultura em argila com a professora Regina Esher Carvalho. Participou de um Workshop sobre ¨ Sabedoria Artística ¨, ministrada pelo professor Sergio Longo em 2003.

Participou, em julho de 1995, do concurso organizado pela Selarte e em setembro do mesmo ano no concurso de artes Joacir Soares, obtendo, respecivamente, o 1º e o 2º lugar. Entre as exposições das quais participou neste ano destacam-se: Galeria Art Cubic, Barcelona,( Espanha ); Espaço Cultural do Hospital Santa Catarina; Galeria Mali Villas Bôas com os temas ¨ Mãe, mulher, guerreira ¨ e ¨ Urbe ¨ .

Entre outras atividades participa do programa de voluntários do Colégio Pentágono e ministra aulas de artes plásticas para crianças com cancêr na Casa José Eduardo Cavichio (Cajec).

alesp