Fórum Legislativo de Desenvolvimento Econômico Sustentado realiza reunião em Franca, nesta segunda-feira, 1º/12

Após 16 encontros nas regiões administrativas do Estado, o Fórum promove em Franca sua última reunião do anol
28/11/2003 21:24

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DA REDAÇÃO

O Fórum Legislativo de Desenvolvimento Econômico Sustentado, órgão da Assembléia Legislativa, de caráter permanente, criado em setembro de 2003, realiza sua 17ª reunião em Franca, no Auditório da Faculdade de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis de Franca - Facef, avenida Major Nicacio, 2.433.

Ao longo de dois meses o Fórum reuniu propostas de longo prazo para o crescimento econômico paulista, em cenário que prevê a superação dos problemas macroeconômicos atuais, e realizou audiências regionais para discutir as fragilidades de cada região administrativa e coletar informações específicas nas diversas áreas do Estado, que possam auxiliar no seu desenvolvimento.

Nesta segunda-feira, Franca e região dão sua contribuição para viabilizar alternativas de desenvolvimento sustentado, apresentando demandas locais.

As atividades incluem a discussão do Plano Plurianual 2004/2007 e a do novo Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS). Encomendado à Fundação Seade pela Assembléia Legislativa, o IPRS é um sistema de indicadores socioeconômicos referentes a cada município do Estado, que deverá servir como indicativo para a implementação de políticas públicas. O Fórum resulta de uma parceria da Assembléia Legislativa com a Fundação Prefeito Faria Lima/Cepam e o Núcleo de Economia Social, Urbana e Regional (Nesur), da Unicamp.

Dinamismo econômico marca a RA de Franca

Localizada entre os três maiores centros econômicos do país (São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte), a Região Administrativa de Franca (RAF) é um pólo economicamente dinâmico que teve origem no início do século XVIII, com o desbravamento dos bandeirantes e posterior colonização de imigrantes, os introdutores da criação de gado e implantação das primeiras lavouras locais.

Com 639.463 habitantes distribuídos em uma área de 10.380 km2, a RAF é uma das regiões com menor população do Estado, superando apenas as de Barretos e Registro. Sua densidade populacional é de 61,6 habitantes por quilômetro quadrado e os municípios mais densamente povoados são Franca (502,9 hab/km2), São Joaquim da Barra (128,2 hab/km2) e Orlândia (119,1 hab/km2). A população cresceu 1,9% ao ano, entre 1991 e 2002, ficando as maiores taxas para Restinga (2,7%), Franca (2,4%) e Sales Oliveira (2,3%); alguns municípios tiveram incremento populacional inferior a 1%, sendo que Buritizal registrou queda de 4%. Nos municípios com mais de 50 mil habitantes/km2, os índices de saneamento são satisfatórios. Em Orlândia, 99,8% das casas têm abastecimento de água, 99,5% são servidas pela rede de esgoto e 99,8% são atendidas pela coleta de lixo.

Com 23 municípios, a região francana é economicamente movida por diversos tipos de indústria de transformação: metal-mecânicas, moveleiras, alimentícias, elétricas, fertilizantes, usinas de açúcar, álcool etc. Sede da região administrativa, o município de Franca é famoso pelo seu desempenho na indústria calçadista, concentrando 6% da produção nacional e exportando a maior parte deste montante. Às produtoras de calçados se ligam fornecedores de insumos, fabricantes de equipamentos, comércio exterior e prestadores de serviços, dinamizando a economia local.

Franca emprega mais de 50 mil trabalhadores formais na indústria, no comércio, em serviços e na agricultura. Em Buritizal, a indústria também é a maior empregadora. Já em localidades como Aramina, Batatais e Cristais Paulista é o setor de prestação de serviços quem mais contrata. Orlândia, Morro Agudo e Sales Oliveira mantêm uma combinação dessas atividades.

Se no passado foi o café, hoje a agricultura da região é impulsionada pelo cultivo da cana-de-açúcar (associado à produção de açúcar e álcool), grãos (soja, milho e sorgo, principalmente), plantações silvícolas e a própria cafeicultura que ainda ocupa áreas significativas. Por outro lado, a atividade agropecuária (pastagens com gado de leite e de corte) dinamiza diversos outros setores da economia, chegando, em municípios marcadamente agrícolas, a estimular atividades correlacionadas - comercialização de sementes e insumos, pesquisa e utilização de novos cultivares e prestação de assistência técnica, entre outras.

O IPRS 1997-2000 classifica os municípios da Região Administrativa de Franca da seguinte forma: no grupo 1, com bons índices em riqueza, longevidade e escolaridade, estão duas cidades; no 3, com performances sociais satisfatórias, encontram-se cinco municípios. Os demais concentram-se nos agrupamentos 4 (dez) e 5 (seis), localidades que reúnem as piores situações econômicas e sociais.

O indicador agregado de riqueza revela que a RAF cresceu entre 1992 e 1997, mas em vez de se estabilizar como ocorreu no conjunto do Estado, decresceu ligeiramente no período recente. Em 2000, só um dos 23 municípios apresentou aumento desse indicador. Já o indicador de longevidade demonstra aumento ao longo do período analisado, com patamar pouco acima do conjunto do Estado. De 1992 a 2000, nove municípios ampliaram seus escores de expectativa de vida e sete diminuíram; os demais não exibiram tendência clara. Os mais bem posicionados nessa dimensão são Buritizal e Sales Oliveira. Quanto à escolaridade, crescimento significativo entre 1997 e 2000, a despeito da região ainda situar-se em nível pouco inferior ao restante do Estado. Batatais, Franca e Ituverava possuem índices iguais ou próximos à média estadual, enquanto que São Joaquim da Barra e Orlândia superam a média paulista.

Mais informações sobre o Fórum e o IPRS no site www.al.sp.gov.br - ícones Fórum de Desenvolvimento e IPRS

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