Em conformidade com a orientação dada pelo presidente do Legislativo paulista, deputado Rodrigo Garcia, de impulsionar as atividades culturais da Assembléia Legislativa, a Superintendência do Patrimônio Cultural organizou diversas mostras tanto no Espaço Cultural V Centenário quanto no Espaço Cândido Portinari. Paralelamente, no Mezanino do Hall Monumental, foram realizados lançamentos de diversos livros de arte, de história e de poesia.

São eles: Momento Bossa Nova, de José Estevam Gava; Sophia Tassinari: uma Vida de Amor às Artes e à Vida, de Emanuel von Lauenstein Massarani; Graciete, a Vida Através de um Olhar Primitivo; Roberto Lerner, Esculturas; Asas de Água, de Maruska Cara; A Raça Mal-dita, de Daniel Resende; e Isidro Cistaré: Sinfonia da Natureza.

Março

Momento Bossa Nova, de José Estevam Gava

Fruto de cuidadosa pesquisa, de uma necessidade e de uma vontade deliberada, a publicação de Momento Bossa Nova surgiu do interesse que José Estevam Gava sempre manifestou pela época em que nasceu, pela interligação da política com os movimentos das artes gráficas e com as várias manifestações da criatividade nacional.

Para oferecer um panorama fiel desse período, paralelamente a sua atividade musical e suas ações afins, José Estevam Gava filtrou o material pesquisado, examinando cada anotação cultural para acolher as mais variadas imagens e informações da temática proposta.

(Edição da Anna Blume Editora, do Instituto de Recuperação do Patrimônio Histórico-SP e da Fapesp)

Julho

Sophia Tassinari: uma vida de amor às artes e à vida

Em cerimônia presidida pelo deputado Rodrigo Garcia e coincidindo com o primeiro aniversário do desaparecimento da artista Sophia Tassinari, foi lançado no Hall Monumental da Assembléia o livro Sophia Tassinari: uma Vida de Amor às Artes e à Vida, de autoria do crítico Emanuel von Lauenstein Massarani.

Na ocasião, o presidente da Assembléia entregou à irmã da homenageada, Albertina Tassinari Brandão, esposa de Lázaro Brandão, presidente do Bradesco, um diploma de reconhecimento. Este destaca que Sophia Tassinari foi sempre fiel à sua arte, dando com todo o entusiasmo sua contribuição no campo das artes plásticas.

O volume é uma co-edição do Instituto de Recuperação do Patrimônio Histórico no Estado de São Paulo (IPH) e a Galeria Spazio Surreale.

Agosto

Graciete, a Vida através de um Olhar Primitivo

Por ocasião da inauguração da exposição Visões Ingênuas de Graciete Borges no Espaço cultural V Centenário, foi lançada publicação Graciente, a Vida através de um Olhar Primitivo, volume da série Brazil Collection, editado em três línguas pelo Instituto de Recuperação do Patrimônio Histórico em São Paulo (IPH) e pela Galeria Spazio Surreale.

Nascida em Irecê, na Bahia, Graciete, 53 anos, iniciou na pintura como autodidata. Posteriormente, foi orientada artisticamente pelo mestre José Antonio da Silva, de quem foi companheira de 1981 até o seu falecimento em 1996.

Segundo Massarani, "o mundo que Graciete pinta é o da paisagem, das colheitas e das cenas campestres, tal como ela o vê em suas cores, suas luzes, suas sombras, sua vida simples e seus costumes rústicos. A vida cotidiana nas fazendas e nos vilarejos que ele pinta com amor constitui uma observação afetuosa das ocupações diárias, uma pintura descritiva do trabalho de nosso homem do campo."

Setembro

Roberto Lerner, Esculturas

Na abertura da mostra Abstrações Simbólicas, do escultor Roberto Lerner, no Espaço Cultural V Centenário, foi lançada na série Brazil Collection, uma publicação trilíngüe sobre a obra e a vida do artista, editada pela Galeria Spazio Surreale e pelo Instituto de Recuperação do Patrimônio Histórico de São Paulo (IPH).

O crítico Massarani, autor da publicação, diz: "Devido essencialmente a uma sensibilidade equilibrada, mas vital, que se aprofundou sem se esterilizar numa "fórmula" e no rigor compositivo de seus conceitos visuais, a pesquisa efetuada por Roberto Lerner sintetiza as qualidades técnicas e, sobretudo, expressivas de sua obra escultórica.

O escultor, embora recente no seu labor, chegou à escultura proveniente do campo da engenharia. É claro que esse parâmetro " projetado na sua linguagem, com precisão e inteligência " levou sua iconografia a um nível de tendência geométrica, de problemática abstrata atualíssima, de imagem que responde enfim ao diálogo de um artista que participa das situações estéticas hodiernas".

Outubro

Asas de Água, de Maruska Cara

Paralelamente à abertura da exposição A Opulência do Simples, no Espaço Cultural V Centenário, foi lançado um livro de poemas da pintora e poetisa Maruska Cara, intitulado Asas de Água, publicação da editora americana Impressos.

Segundo o crítico Emanuel von Lauenstein Massarani, "moderna na forma, e ao mesmo tempo bem comunicativa, fulgurante, ardorosa e policromática, sua poesia nos sugere admiravelmente a alma e o corpo da natureza brasileira. Plantas, flores e pássaros estão nela, nas suas vibrações, com sutileza e graça. Evocando verdade e ternura, seus versos, sentimentais e líricos estão impregnados de uma mensagem de primavera".

A Opulência do Simples, de Maruska Cara

A publicação bilíngüe A Opulência do Simples, editada pela Três Marias, de Americana, foi lançada, no dia da abertura da mostra de aquarelas de Maruska Cara, com uma introdução da própria artista e apresentação do crítico Emanuel von Lauenstein Massarani.

Maruska Cara escreve que "a opulência do simples é o encontro do observador com o basilar, o simples necessário, o simples opulento e belo, o simples emotivo, ganhando formas e representações expressivas em nosso momento".

Novembro

A Raça Mal-Dita, de Daniel Resende

No quadro de eventos organizados para a Semana de Cultura Negra, coordenada pelo Serviço de Defesa contra o Racismo e o Grupo de Negros e Políticas Públicas da Assembléia, foi lançado o livro A Raça Mal-Dita " A Síndrome de uma Raça, de autoria de Daniel Rezende.

Editada pela All Print Editora, essa primeira obra do advogado e sociólogo Daniel Rezende aborda, segundo o próprio autor, "a raça mal falada, uma vez que os negros são estereotipados no mundo desde que os colonizadores ocuparam a África. O continente foi vítima de fracionamento político e teve sua cultura dominada pelos colonizadores. Seus habitantes foram espalhados pelo mundo e vivem uma saga desde a escravidão".

O escritor apresenta relatos de episódios de racismo no Brasil e faz um tratado antropológico para provar que não há raça inferior, mas apenas a raça humana.

Dezembro

Sinfonia da Natureza, de Isidro Cistaré

Na mesma oportunidade da inauguração da mostra Sinfonia da Natureza, do pintor catalão Isidro Cistaré, foi lançada uma publicação trilíngüe (português, inglês e italiano) sobre a obra do artista, editada pela Galeria Spazio Surreale e pelo Instituto de Recuperação do Patrimônio Histórico em São Paulo.

Representando a Mesa Diretora da Assembléia Legislativa, o deputado Geraldo Vinholi (PDT) participou da inauguração da exposição.

Segundo o crítico Emanuel von Lauenstein Massarani, autor da publicação, "a obra de Cistaré estabelece um colóquio no qual o artista é o interlocutor, transmitindo um discurso envolvente como uma melodia densa de infinito lirismo. Pinceladas fortes, enérgicas e amplas, contornos suaves e equilibrados dão desenvolvimento pleno e exato do que sua alma de artista sensível transmite ao observador".