O espaço cósmico de Simon Abuhab, resultado do debate entre a luz e a cor

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
19/09/2006 16:40

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Simon Abuhab <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/simon_abuhab-dia 19.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> <i>Espaço Sideral</i><a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/simon_abuhab obra-dia 19.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A busca de estilo é o empenho que os artistas procuram desde sempre: é o real sentido que a arte e a poesia definem quando alcançam a nobreza da expressão cultural. Quando na obra de um pintor podemos reconhecer um rigor de idéias e de comportamentos que seguem uma meditação própria, isso nos parece entrever uma mensagem, um empenho que nos salva do excesso de dispersão.

Simon Abuhab sente com veemência as exigências da pintura contemporânea e seus esforços se canalizam através de uma síntese pictórica em que a recuperação das próprias reminiscências e emoções é unitária, pessoal e espontânea.

Embora polivalente do ponto de vista temático, as pinturas abstratas desse artista são pensadas, e os plenos e vazios realizados com uma originalidade inteligentemente calculada dentro de um espaço cósmico dominado por uma certa veia romântica.

A presença de velaturas geométricas nos dá a impressão de janelas para melhor observar o espaço celeste enquanto a composição revela constelações e nebulosas cromaticamente equilibradas.

Encontramos em suas obras um silêncio, a presença de meditações, de pesquisas vitais que estancam no ponto em que o significado e os valores expressivos coincidem com a sugestão pictórica.

Na obra Espaço Sideral, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, o debate entre a luz e a cor emerge para complementação dos tons diferenciados das diversas notas construtivas que organizam, constroem e elaboram sua obra.

O artista

Simon Abuhab nasceu em São Paulo, em 1938. Iniciou seu aprendizado artístico participando, a partir de 1985, do grupo denominado Orelha de Van Gogh, composto por Francisco Cimino, Rubens Parada Quiroga, Esmeralda Buainain, Milton Pereira e Gilberto Macrina.

Estudou com artistas do mesmo grupo e freqüentou o ateliê do professor Rodrigues Coelho de 1986 a 1990, ao qual retornou mais tarde em 2001.

Participou de diversas exposições coletivas, destacando-se entre elas: Esporte Clube Pinheiros, São Paulo, SP (1985); Galeria de Arte do Sesi, Fiesp, SP (1986); Clube Alto dos Pinheiros, São Paulo, SP (1986 ; Clube Paulistano e Clube Alto dos Pinheiros, SP (1987); Jóquei Clube de São Paulo, NACNE, Agaxtur, SP; Teatro Mohamed V, Rabat, Marrocos (1988); Igreja Matriz de Embu, SP (1990); Dali Galeria de Arte, São Paulo, SP (1989); Grand Marché d"Art Contemporaine, Paris, França (2003); Salon Arts et Animaux Paris, França (2004); Artes em Santarém, Portugal; e Salon National des Beaux Arts e Société Académique d'Éducation et d'Encouragement, Paris, França (2004).

Realizou exposições individuais no Pátio do Colégio, São Paulo, SP (1989); Espaço Cultural do Clube Hebraica, São Paulo, SP (2002); Clube Alto dos Pinheiros, São Paulo, SP (2002 e 2004).

Especialmente convidado, pintou para o Museu da Sinagoga Kahal Zur Israel, em Recife, PE, o retrato do primeiro rabino das Américas, Rabi Isaac Aboab da Fonseca.

Possui obras em várias coleções particulares no Brasil, França, Portugal e Marrocos e em acervos oficiais, entre eles o do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp